Mais um crime ambiental está prestes a ter lugar em Ourém, outro, entre muitos, que se têm cometido ao longo dos anos na nossa querida cidade.
Não se trata do crime pífio e monstruoso cometido há uns anos na Praça Dr. Agostinho Albano de Almeida, que a descaracterizou e desflorestou a pretexto das “excelentes” obras de modernização da cidade, que vieram romper com a nossa história e dar-nos um espaço nu cheio de nada. A nossa identidade oureense ficou mais pobre, perdemos um espaço acolhedor com o qual nos identificávamos, e tudo graças a homens de vistas curtas, incompetentes, oportunistas e gente falsa.
Não se trata também do crime pífio e monstruoso cometido na Praça Dona Maria II por altura das obras da nova Câmara de Ourém, em cujo contexto ela agora se insere, e onde mais uma vez homens de vistas curtas e incompetentes assassinaram um conjunto de árvores de grande porte para pôr mais pedras e alcatrão.
Não, não são destes crimes que vos queremos falar hoje.
Do que se trata agora, é de duas palmeiras com cerca de 25 anos, que apenas precisam de “carinho e água”, e de alguém que lhes preste um pouco de atenção.
São duas palmeiras que estão em risco de morrer, pela ganância de meia dúzia de pessoas ambientalmente medíocres, provincianas, oportunistas e falsas.
Do que se trata agora, é de fazer o mesmo que se fez com a palmeira que está junto ao Cinema de Ourém: preservá-la e defendê-la das mãos de abutres e ambientalistas de algibeira.
Do que se trata agora, é de preservar duas palmeiras que não fazem mal a ninguém.
O que está agora em causa, é preservar duas espécies inofensivas para a saúde humana, para que não se repitam os mesmos crimes ecológicos que têm ocorrido em Ourém, e que tão criticados têm sido por estes mesmos ambientalistas de algibeira que agora as querem matar.
E o mais penoso e chocante, é que o abate destas duas palmeiras tem unicamente em vista criar 2 (dois) simples lugares de estacionamento para 2 (dois) míseros automóveis. É verdade – aniquilam-se dois seres vivos com cerca de 25 anos, para que meia dúzia de pessoas ambientalmente inúteis, medíocres, provincianas, oportunistas e falsas possam pôr os seus carritos à portinha de sua casa.
São estes mesmos pseudo intelectuais medíocres e oportunistas da nossa terra, camuflados de doutores e engenheiros, a quem muitas vezes demos de comer e que a troco nos deram uma mão cheia de nada, que agora querem matar estas duas inofensivas palmeiras.
PS 1: Para quem as quiser conhecer ou visitar, dirija-se, por favor, ao Prédio da ex-Caixa Geral de Depósitos (Rua Alexandre Herculano) – onde agora está uma loja chinesa –, entre no túnel junto à “Condóptica” e veja com os seus próprios olhos.
PS 2: António Aleixo disse: “Sei que pareço um ladrão, mas há muitos que eu conheço, que sem parecer o que são, são aquilo que eu pareço”.