Hoje precisámos de nos deslocar ao Centro de Saúde de Albufeira, felizmente por uma questão menor.
Chegámos lá por volta das 15h00, cumprimos as formalidades burocráticas iniciais e fomos conduzidos a uma sala de espera onde permanecemos até sermos chamados para a triagem.
Feita a triagem, atribuíram-nos uma pulseira verde, uma vez que o nosso caso era de menor gravidade.
Voltámos para a sala de espera e esperámos.
Passada uma hora, continuámos a esperar.
Passadas duas horas, continuámos a esperar.
Entretanto, perguntámos na recepção qual era o tempo previsto para sermos atendidos, mas a resposta que obtivemos foi um surpreendente e seco “não sei, mas se calhar muito tempo, tem uma pulseira verde...”!
Passadas três horas, ainda esperávamos.
E o mesmo sucedia passadas quatro horas.
Passadas cinco horas, continuávamos a esperar.
Até que, já a fome nos incomodava, fomos ao bar para ver se comíamos qualquer coisa.
Foi como se Deus tivesse descido à terra naquela altura. No corredor, a caminho do bar, cruzámo-nos com o “Tó Zé” que trabalhou no Centro de Saúde de Ourém e que, por sorte nossa, está agora a trabalhar temporariamente em Albufeira.
Amavelmente, perguntou-nos o que estávamos ali a fazer.
Após lhe explicarmos a nossa situação e a “rica” tarde que tínhamos tido na sala de espera, encaminhou-nos rapidamente para uma médica, de resto muito simpática, que “perdeu” cinco minutos connosco, o tempo suficiente para nos examinar a garganta e nos receitar um antibiótico para uma ligeira inflamação!
Feitas as contas, foram precisas cinco horas para ganharmos cinco minutos!
Não sabemos se é a organização deste Centro de Saúde em particular, ou se da Saúde em geral, que está mal e que precisa de tratamento.
Mas, uma coisa é certa: temos definitivamente uma Saúde muito lenta.