O Seleccionador Nacional, Carlos Queiroz, está metido, aparentemente, num molho de brócolos.
A decorrer um processo disciplinar por alegadas afirmações insultuosas contra membros da autoridade antidopagem, durante o estágio na Covilhã para preparação do Mundial da África do Sul, Carlos Queiroz vê-se agora confrontado, cerca de três meses depois, com a necessidade de contradizer e explicar a sua versão, junto dos órgãos disciplinares da FPF (Federação Portuguesa de Futebol), sobre os factos constantes da Nota de Culpa que lhe foi surpreendentemente remetida.
Na resposta à Nota de Culpa, e como se sabe, apresentou em sua defesa 9 testemunhas, de entre as quais alguns pesos pesados do mundo do futebol, a começar por Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United, mas também figuras nacionais, como Luís Figo, Luís Filipe Vieira, António Simões e Pinto da Costa.
Foi, aliás, este último que, falando aos jornalistas no final da inquirição, fez notar, ao seu estilo habitual, que no mundo do desporto são perfeitamente banais e naturais expressões do tipo: “então ó meu filho da p**a”, não sendo por isso que se está a ofender a mãe do visado!
Linguagem vernácula ou não, o que é certo é que Carlos Queiroz tem a sua imagem já bastante debilitada, vindo agora, inclusivamente, o secretário de estado do desporto pôr mais lenha na fogueira.
Se querem correr com o Seleccionador Nacional, então que apresentem os argumentos, permitam o contraditório e, se for caso disso, despeçam-no de vez.
Não andem é a cozinhar Queiroz em lume brando, pois o homem não o merece, nem isso, mais uma vez, contribui para a credibilidade do nosso futebol, seja cá dentro ou lá fora.
Esta é mais uma prova de que o “sistema” de que falava Dias da Cunha existe, mas que já há muito está podre, a gangrenar e a contaminar tudo e todos…