Carlos Queiroz, em entrevista ao jornal “Expresso”, acusou Amândio de Carvalho, vice-presidente administrativo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), de ser a “cabeça do polvo” que o quer pôr a andar do cargo de Seleccionador Nacional.
Não é novidade nenhuma o facto de Amândio de Carvalho não nutrir qualquer simpatia por Carlos Queiroz.
Detentor da pasta das “Selecções”, o vice-presidente da FPF chegou mesmo a dizer que, enquanto o Seleccionador Nacional se mantivesse no cargo, ele não acompanharia a equipa principal nas suas deslocações.
Certo é que Amândio de Carvalho está já há cerca de 18 anos na FPF, numa primeira fase de 1983 a 1989, e numa segunda fase de 1998 até ao presente, o que, do nosso ponto de vista, já começa a ser muito tempo, podendo indiciar que Carlos Queiroz está na senda da verdade.
Para além disso, não compreendemos as razões de tão longa permanência de Amândio de Carvalho na FPF, sendo certo que, quanto maior for essa permanência, maiores serão os “vícios”, os “enquistamentos” e a probabilidade de “influenciar” e de ser “influenciado”.
As palavras de Queiroz foram, no entanto, extemporâneas e cheiraram mais a uma retaliação, uma vez que falou como se já tivesse abandonado o cargo de Seleccionador Nacional.
Aliás, tal façanha valeu-lhe mais um processo disciplinar, depois de ser “exemplarmente” punido com um mês de suspensão e uma multa de 1.000,00 Euros no caso “anti-dopagem”.
O ridículo das penas vem acrescer à suspeição que lançou sobre Amândio de Carvalho.
Resta saber se este último, para além da cabeça, não é também o corpo, as pernas e os braços do alegado polvo.
Uma coisa é, porém, certa: não é o polvo Paul – esse é adivinho e terá concerteza menos contas a dar à justiça, qualquer que ela seja.