Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 24.04.11 às 22:14link do post | adicionar aos favoritos

 

Numa altura em que o país bateu no fundo não só em termos económicos e financeiros ou sociais, mas também e sobretudo éticos – que valores defendemos? –, é importante manter a chama do 25 de Abril bem acesa, para que todos aqueles que agora começam a despontar para a vida, os mais pequenos ou mais jovens, tenham não só uma consciência clara do que ele representou para os portugueses, mas também para não caírem no erro que nós, os mais velhos, cometemos ao acreditarmos que haveria por aí um punhado de gente capaz de prosseguir o trabalho dos “capitães de Abril” e catapultar Portugal para a linha da frente.

Esse erro, foi também acreditarmos ingenuamente que o nosso futuro poderia sorrir-nos com esta cáfila política que tem vindo a ditar as regras nos últimos trinta anos e a roubar o próprio Estado e os portugueses.

Chegámos a este estado vegetativo e insalubre porque também nos demitimos de ser cidadãos, porque permitimos este experimentalismo de competências duvidosas e brejeiro, achámos normal que qualquer aprendiz de trolha (sem demérito para os trolhas) se sentasse na cadeira do poder e brincasse à política como se estivesse no recreio de um qualquer jardim de infância.

Portugal merece mais e melhor. Nós merecemos mais e melhor.

Por agora, deixemo-nos inebriar pelo cheiro da história de um simples e frágil cravo vermelho.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 02.04.11 às 19:45link do post | adicionar aos favoritos

EM POMPEIA, O DRAMA SUCEDE À ESPERANÇA

Em Pompeia, julgou-se ser possível fugir ao destino criminoso. Cinzas, lapilli, pó, não passavam de ligeiros projécteis contra os quais parecia ser fácil a protecção. Infelizmente, foi este optimismo, este desejo de permanecer no local e de nele se abrigar, que provocou a perda de um grande número de habitantes de Pompeia (o número de vítimas pode avaliar-se em dois mil).

Nem por um instante lhes veio à mente (como censurar-lhes isto?) que esta queda de cinzas e de escórias seria tão abundante que, sob o seu peso, os edifícios ruiriam, enquanto a sua natureza pulverulenta lhes permitiria introduzir-se pelos mínimos orifícios, até nas caves e subterrâneos aparentemente mais protegidos.

Por não terem querido fugir, estavam todos condenados.

A primeira tragédia ocorreu na casa de Lúcio Herénio Floro, imprudentemente construída nos flancos do Vesúvio. Já danificada aquando do sismo de 63, estava em vias de reconstrução: só os escravos e os libertos a habitavam, pois o patrão apenas lá ia de tempos a tempos, para vigiar os trabalhos. Infelizmente, no dia fatal, encontrava-se na Villa com um intendente e um escravo.

Desde os primeiros abalos, os três tentaram fugir, mas os vapores de enxofre e a escuridão profunda levaram-nos a renunciar a esse projecto. Rapidamente, os três homens reuniram os tesouros da casa: jóias, moedas de ouro, objectos em prata lavrada. O escravo dirigiu-se para a adega a fim de os enterrar, mas os gases mais pesados já enchiam a sala; tombou no meio das riquezas que levava nos braços. Os seus companheiros, apesar dos panos com que tentavam proteger o rosto, tiveram o mesmo fim, no lugar onde tinham ficado.

Mais em baixo, na cidade, os habitantes ainda hesitavam em fugir: tinham assistido à enorme explosão, a terra havia tremido debaixo dos seus pés, mas tudo isso fora tão rápido, e o perigo mais próximo, cinzas e lapilli, era para eles tão estranho, que perderam um tempo preciso, erro que pagaram com a vida. Começavam agora a cair cinzas brancas. Os lapilli escaldantes, as pedras que se transformavam em pó, a chuva… tudo caía sobre a cidade em quantidades tão grandes que, abandonando a refeição sobre a mesa, o pão no forno, os animais amarrados, os infelizes Pompeus decidiram-se finalmente a fugir, parte deles, e outros a abrigar-se. Estes últimos foram logo asfixiados pelos gases sulfurosos e pelos vapores clorídricos que o vento não parava de voltear. As cinzas molhadas pegavam-se às pernas dos fugitivos, que a custo abriam caminho através da camada de lapilli que rapidamente atingiu três metros de altura.

Como a chuva mortal vinha do Nordeste, dirigiram-se para Oeste – para o mar – depois para Sul, utilizando as ruas outrora tão alegremente animadas que, julgavam eles, os conduziriam a porto seguro.

(Continua…).


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 01.04.11 às 18:30link do post | adicionar aos favoritos

 

Decorreu no passado dia 26 de Março a eleição da Comissão Política da Concelhia de Ourém do Partido Socialista, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista concorrente, encabeçada pelo actual chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Ourém, a qual, como era expectável, saiu vitoriosa.

Até aqui, nada de novo.

Vejamos, porém, embora de forma sintética, um dado histórico interessante e curioso, que nos pode ajudar a compreender melhor a ambiguidade da acção política.

O actual presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, como é do conhecimento público, iniciou a sua carreira política como presidente da Juventude Socialista de Ourém.

Quando Paulo Fonseca passou para a equipa sénior do PS e se tornou presidente da Comissão Política concelhia, assumiu funções na pasta dos jovens socialistas oureenses António Gameiro, o mesmo que viria a suceder a Paulo Fonseca quando este abandonou o cargo para se estrear nas lides distritais e nacionais.

Com António Gameiro na presidência da Comissão Política, a juventude socialista viria a ser liderada pelo actual chefe de gabinete do presidente da câmara.

Agora, com a saída de António Gameiro da presidência da Comissão Política, sucede-lhe o chefe de gabinete do presidente!

Estamos expectantes para saber quem será o senhor (ou a senhora) que se segue…

 

PS1: As leitoras e os leitores estão à-vontade para tirar as ilações que julgarem oportunas. Pela nossa parte, achamos que a História às vezes prega-nos destas tristes partidas. Haverá aqui alguma sucessão hereditária ou algum triângulo das bermudas? Haverá aqui alguma sensação de posse? Terão os militantes socialistas tomado algum “chá da meia-noite” que os tivesse deixado embriagados? Estará o PS em Ourém refém deste triunvirato e se tornado num partido lívido e sem alternativas? Ou será tudo isto e mais alguma coisa?

 

PS2: Não nos espanta, pois, que, a troco dos bons serviços prestados à “causa”, se substituam nas paredes da sede do PS em Ourém os quadros dos ex-Presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio por proeminentes e excelentes fotos de família.

 

PS3: E não é mentira não; é a mais pura verdade.


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