Elizabeth Taylor, uma das primeiras estrelas de Hollywood que o mundo viu nascer, faleceu hoje aos 79 anos de idade.
Mundialmente famosa pela excelente carreira artística que construiu ao longo de décadas, a sua vida privada ficaria, porém, exposta ao mundo pelas várias polémicas que protagonizou, de entre as quais os seus oito casamentos, feito que lhe granjeou o epíteto de “destruidora de lares” ou de “viúva negra”.
Na verdade, apaixonou-se aos dezassete anos pelo seu parceiro no filme “Um lugar ao sol” (1949), Montgomery Clift, do qual viria a ser grande amiga até à morte deste, em 1966.
Elizabeth Taylor também foi muito próxima de Rock Hudson, que viria a falecer em 1985 infectado com o vírus da SIDA. A partir de então, Liz Taylor veste a camisola pela luta contra a SIDA, ajudando a criar a American Foundation for Aids Research, e chegando mesmo a criar a sua própria fundação de pesquisa contra a doença.
Outra das suas célebres amizades foi o Rei da Pop, já igualmente desaparecido em 2009, Michael Jackson, amizade que durou mais de vinte anos. Liz chegou mesmo a defender o seu amigo em tribunal num dos processos em que Michael Jackson foi acusado de abuso sexual.
Mas, a vida de Elizabeth Taylor ficou também indelevelmente marcada pela sua vida amorosa e pelos oito maridos com quem contraiu matrimónio, o primeiro dos quais ocorreria em 1950, com o milionário Conrald Hilton Júnior, o herdeiro da famosa rede de hotéis Hilton, e que durou uns efémeros sete meses.
Seguidamente, casou-se com o actor inglês Michael Wilding, um matrimónio que duraria sete anos e do qual nasceram dois filhos.
Veio depois, nas palavras de Liz Taylor, o seu primeiro grande amor, o produtor milionário Mike Todd, que viria a sucumbir num acidente aéreo.
O comediante Eddie Fisher, amigo de Mike Todd, viria também a contrair matrimónio com Elizabeth Taylor, mas cedo foi substituído por Richard Burton, com quem Liz Taylor contracenou em 1963 em “Cleópatra”. O romance, que começou mesmo quando Liz ainda era casada com Fisher, contribuiu para a fama e os epítetos que caracterizaram a sua vida, nomeadamente pelo alcoolismo de Burton, um vício ao qual Liz ficou também associada.
Durante os quinze anos que se seguiram, Liz Taylor voltou a casar duas vezes e divorciou-se outras tantas.
Já na década de 80 do século passado, estando casada com o Político John Warner, a saúde de Elizabeth Taylor começa a ser notícia após engordar mais de trinta quilos, principalmente os seus problemas com o álcool e os fortes analgésicos que tomava.
Sofrendo das sequelas de uma queda de cavalo quando tinha apenas doze anos – da qual fracturou a coluna –, Elizabeth Taylor não escondia a sua forte dependência daquele tipo de expedientes. De resto, em virtude desta e de outras lesões que sofreu, foi comum vê-la, nos últimos cinco anos da sua vida, de cadeira de rodas.
Para além disso, em 1997 foi operada a um tumor benigno no cérebro, facto que a levaria a usar perucas até à sua morte, mas não sem que tivesse sido vista publicamente, em diversas ocasiões, totalmente careca.
Já em 2004 foi-lhe diagnosticada uma insuficiência cardíaca congestiva, uma patologia que impede o coração de bombear sangue em quantidade suficiente para chegar aos outros órgãos. Razão pela qual em 2009 foi novamente operada para substituir uma válvula defeituosa no coração.
O mesmo coração que parou hoje, aos setenta e nove anos de idade.
Independentemente daquilo que foram os altos e baixos da sua vida pessoal, o mundo perdeu hoje uma diva e uma estrela de cinema que continuará certamente a brilhar no céu. O que dela disseram:
“Uma das mulheres mais bonitas do cinema, Elizabeth Rosemond Taylor nasceu em 1932 em Londres, Inglaterra. A actriz, que ficou famosa pelos belos olhos cor de violeta, iniciou a sua carreira artística aos dez anos e coleccionou prémios pelas suas actuações, entre eles um Óscar pela sua participação em «Quem tem medo de Virgínia Woolf?»”.
Quadro “Liz” (1963) de Andy Wahrol