Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 11.09.10 às 12:46link do post | adicionar aos favoritos

 

Faz hoje nove anos que tiveram lugar na América os atentados do 11 de Setembro (9/11 na terminologia americana), um golpe baixo que consistiu, como todos infelizmente sabemos, no desvio de aviões comerciais por piratas do ar, tendo como objectivo fazê-los despenhar contra alvos previamente definidos e estratégicos, símbolos do poder americano no mundo, como o World Trade Center, o Pentágono e, especula-se, o Capitólio e a própria Casa Branca.

Como se sabe também, apenas o World Trade Center e o Pentágono foram atingidos.

Porém, o Voo 93 da United Airlines, desviado por quatro terroristas que o queriam transformar num míssil guiado para destruir o Capitólio ou a Casa Branca, levaria os seus quarenta bravos passageiros e tripulantes a impedirem que se atingisse o alvo.

Depois de tomarem conhecimento dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, um grupo de passageiros comuns decidiu lutar contra os terroristas.

A corajosa revolta acabou por levar à queda fatal do avião em Shanksville, nos campos da Pensilvânia, a apenas vinte minutos de voo de Washington.

Os atentados no seu conjunto provocaram a morte de milhares de pessoas, sobretudo no World Trade Center, cujas

Torres Gémeas viriam a desmoronar-se com a violência dos embates, arrastando consigo outros edifícios e tornando a zona num autêntico campo de batalha, num amontoado de destroços e numa sepultura de proporções descomunais para milhares de pessoas inocentes, que apenas “cometeram o erro” de estar no local errado à hora errada.

Recordamo-nos perfeitamente desse dia 11 de Setembro de 2001. As televisões interromperam a sua programação para dar conta do incidente.

Sim, incidente no singular, pois que as primeiras notícias surgiram como um aparente acidente que levaria um avião comercial a despenhar-se contra uma das Torres Gémeas do World Trade Center.

Com o passar dos minutos, um segundo avião (que se vê na foto) embatia na outra Torre Gémea, causando a perplexidade e a incompreensão dos americanos e do resto do mundo.

 

Agora, com dois aviões despenhados e, ainda por cima, estando nessa manhã de 11 de Setembro de 2001 um dia claro e soalheiro, sendo, por isso, injustificada a rota dos aviões em direcção ao World Trade Center, começou-se rapidamente a especular sobre um possível atentado terrorista. E as certezas vieram com o ataque ao Pentágono, o símbolo máximo da defesa norte-americana.

Agora, não estaríamos perante uma mera coincidência.

Entretanto, com as medidas prontamente adoptadas, entre as quais a de fechar o espaço aéreo e de mandar aterrar os milhares de aviões que ainda se encontravam no ar, apenas um, o Voo 93 da United Airlines, não acatou as ordens das autoridades americanas.

Seguido de perto por caças com ordens para abater o avião ao mínimo sinal de perigo (recorde-se que o Voo 93 estava a apenas vinte minutos de voo de Washington), foram, todavia, os corajosos passageiros e tripulantes, hoje heróis nacionais, que evitaram que o avião atingisse o alvo pretendido pelos terroristas e que a tragédia fosse ainda maior.

Pagaram, com esse seu gesto, um preço demasiado elevado – a própria vida –, mas a sua acção heróica irá perdurar na memória de milhões de pessoas por todo o mundo.   

 

Os ataques foram reivindicados pela célula terrorista da Al-Qaeda e pelo seu líder Osama Bin Laden.

Anti-americano, fanático religioso que vê no “orgulho americano” um perigo para o mundo, inimigo confesso do modus vivendi americano e do seu capitalismo indecoroso e brutal, para além de autor moral de outros atentados contra alvos estratégicos norte-americanos espalhados pelo mundo, Bin Laden, já o era, mas, após os atentados, passou a ser ainda mais o homem mais procurado do mundo, cuja captura é ponto de honra para os americanos e a certeza de que só assim honrarão os milhares de vítimas que ingloriamente pereceram naquele dia nos Estados Unidos.

Não temos dúvidas acerca da brutalidade destes atentados, nem duvidamos de que, a partir daquele dia, o mundo mudou radicalmente – podemos falar num mundo antes do dia 11 de Setembro e num mundo completamente diferente depois do dia 11 de Setembro, com toda a certeza mais instável, efectiva ou iminentemente em guerra permanente, desconfiado, confuso quanto aos valores que devem enobrecer as nações e as culturas, mas também os Homens, um mundo de fanatismos e saparatismos exacerbados, onde os ódios imperam na sua mais desastrada convicção, onde não há paz, nem solidariedade, nem respeito pelos direitos humanos, nem a defesa intransigente, descomplexada e desapaixonada dos mais caros valores da sociedade onde todos estamos inseridos…

O 11 de Setembro de 2001 tem de ter servido para alguma coisa… não pode ter sido em vão. Tem de haver uma lição a ser retirada por todos, e todos temos de nos impor aprender essa lição. Para que não voltem a acontecer mais 11 de Setembros.

A bem do mundo, mas sobretudo da humanidade.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 02.09.10 às 18:11link do post | adicionar aos favoritos

 

O presidente francês Nicolas Sarkozy prometeu aos franceses, à Europa e ao mundo que até ao final do mês passado repatriaria mais 1000 ciganos búlgaros e romenos para os seus territórios de origem.

Ao que tudo indica, parece que a promessa foi cumprida à risca.

Na origem de mais este repatriamento está o facto de que estes cidadãos estariam em situação ilegal em terras gaulesas, o que parece corresponder à verdade. Esta debandada geral provocou, à cabeça, um mal-estar no seio do próprio governo francês.

Face à polémica em torno da expulsão de ciganos do território, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, ponderou mesmo apresentar a sua demissão, só não o fazendo por considerar que sair é desertar.

Todavia, é conhecido o passado de Kouchner e a sua participação activa em organizações de defesa dos direitos humanos, pelo que as críticas que lhe foram dirigidas subiram de tom e fizeram exaltar os ânimos.

Esta política discriminatória, particularmente em relação aos ciganos, motivou não só a reacção de governos, organizações de defesa dos direitos humanos e da sociedade civil, como também gerou reacções condenatórias ao mais alto nível, tendo, por exemplo, as Nações Unidas e o próprio Papa Bento XVI condenado veementemente esta política de Nicolas Sarkozy em matéria de segurança e emigração.

Não obstante, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês veio dizer que a França não tem nada de que se envergonhar.

Parece-nos que é precisamente o contrário: a França tem tudo para se envergonhar, já que, sendo historicamente um dos países da Europa com maiores tradições em matéria de imigração e um país tido como respeitador dos direitos humanos, essa atitude racista e xenófoba não deixa, como alguém já afirmou, de “constituir um descrédito irreparável para o prestígio da França no mundo”.

E é importante termos bem vivo na memória o que se passou durante o regime nazi e todos os acontecimentos trágicos de má memória que lhe estão historicamente associados, desde logo o extermínio de milhões de pessoas, sobretudo judeus, mas entre as quais também se contavam precisamente os ciganos.

Tudo isto pode-se traduzir num imenso rastilho de pólvora para a Europa, já de si fragilizada pela periclitante situação económica e financeira que tem experimentado nos últimos anos, o que gera descontentamento e inquietação social.

A acrescer a tudo isto, existe já o contágio destas políticas xenófobas e destes fenómenos retrógrados a países como a Itália, os países de Leste ou até a própria Alemanha. E não se sabe quem mais se seguirá por arrastamento…

Assim sendo, esta política intolerável de Nicolas Sarkozy poderá aproveitar às direitas radicais e extremistas da Europa, mas será de longe um retrocesso para a imagem e credibilidade do Velho Continente no mundo.

Oxalá os políticos franceses não se venham a arrepender de mais esta argolada, e do mal irreparável que possam vir a impor a uma Europa que se quer tolerante, humanista e defensora dos direitos humanos.

Afinal, quem dizia que Nicolas Sarkozy, no quadro da União Europeia e em matéria de direitos humanos, estava a seguir por caminhos ínvios, não se enganou absolutamente nada.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 29.08.10 às 16:05link do post | adicionar aos favoritos

 

A cidadã iraniana de 43 anos Sakineh Mohammadi Ashtiani, que em 2006 foi condenada à pena de morte por lapidação por alegado adultério, permanece na prisão, apesar dos incessantes apelos da Comunidade Internacional para que seja libertada.

Esses protestos e apelos internacionais já levaram, aliás, as autoridades iranianas a alterar a pena para enforcamento.

E acrescentam que Teerão ainda não decidiu sobre o futuro de Ashtiani.

Entretanto, cem cidades de todo o mundo, incluindo Lisboa, uniram-se num gesto de solidariedade contra a anunciada lapidação de Ashtiani, um gesto que vem ganhando cada vez mais força e mobilizando não só cidadãos anónimos, como também governos, instituições pró-vida e ONG’S.

Se levarmos em linha de conta que, para os países ditos civilizados, a vida humana é inviolável e que o artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem estabelece expressamente que ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante, então seremos levados a considerar que o Irão está mais uma vez, manifesta e deliberadamente, a cometer atrocidades contra a vida humana, atitude que é não só deplorável e repudiante como igualmente chocante.

A esta incipiência de valores e de carácter das autoridades iranianas, não se pode opor uma também frouxa opinião pública internacional, e muito menos a passividade ou a conivência de todos os países livres e democráticos e dos seus dirigentes.

Para além disso, a arrogância, a falta de ética e a miserável conduta das autoridades iranianas, que encontram no seu presidente o seu expoente máximo, não podem impor ao mundo as suas imoralidades e desmandos, alicerçadas apenas nuns dizeres de um “Livro” pretensamente sagrado.

Estes costumes arcaicos e aberrantes, cujo papel da mulher é levado ao extremo da indiferença e da submissão, jamais pode relevar num mundo que se quer pleno de igualdade.

Estes valores do humanismo universalista, como é o respeito pela vida humana, não se coadunam, portanto, com regimes autoritários e despóticos, onde líderes políticos e/ou espirituais masturbam as suas levianas vaidades pessoais a seu belo prazer, protegidos por textos erradamente interpretados e moldados ao mais asqueroso e vil dos sentimentos: considerar um ser humano, no caso as mulheres, como um ser inferior, sem direitos, sem liberdade de poder exprimir as suas opiniões e irremediavelmente subjugada aos interesses nefastos do seu “dono”.

É por isso que estes líderes iranianos envergonham o mundo, são meléficos e tremendamente perigosos.

Mas, infelizmente, não são os únicos.

 

 

Finalmente, deixamos aqui o apelo para que todos assinem esta petição, para ver se ainda há alguma justiça neste nosso mundo ainda repleto de grandes atrocidades e injustiças.


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