Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 16.09.12 às 19:57link do post | adicionar aos favoritos

A foto acima, tirada ainda no antigo ringue do Atlético junto à igreja da então denominada Vila Nova de Ourém, é a prova viva de uma geração de excelentes jogadores, num tempo em que o “amor à camisola” era a palavra de ordem e em que os parcos recursos não constituíam um entrave ao desenvolvimento desta modalidade na nossa terra. E tudo graças a este conjunto de “guerreiros” que faziam das tripas coração para dignificarem o nome de Ourém, fosse a nível local, distrital ou até mesmo nacional. O quarto jogador em pé, a contar da esquerda para a direita, é um dos autores deste Blog, Armando Leitão Pereira, a quem desde já prestamos esta humilde homenagem.   


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 03.09.12 às 18:18link do post | adicionar aos favoritos

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 03.09.12 às 18:02link do post | adicionar aos favoritos

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 02.09.12 às 23:38link do post | adicionar aos favoritos

As chamas voltaram hoje ao concelho de Ourém, precisamente no mesmo local onde há sete anos se viveu o inferno a que hoje pudemos tristemente assistir. Só um ingénuo poderá acreditar em infelizes coincidências, e pensar que não há mão criminosa por detrás de tão horrível cenário.

 

Foto: Paulo Cunha / LUSA


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 16.08.12 às 22:25link do post | adicionar aos favoritos

Em frente ao cemitério junto do Castelo de Ourém ergue-se esta placa que assinala a presença de uma escadaria que pretende homenagear o Reverendo Padre José Joaquim Pereira da Silva, o qual, como bem se pode depreender pelas fotos, foi o Fundador da Sociedade Filarmónica Oureense.

O insólito acontece quando lemos “fundedor” em vez de “fundador”, e “filarmonica” em vez de “filarmónica”.

Dois erros crassos como estes não são desprezíveis em tão singela placa, ficando a dúvida se são resultado de um problema técnico de gravação ou se, pelo contrário, são fruto da ignorância do homem.

De qualquer maneira, a responsabilidade do revisor da obra também não esteve à altura das circunstâncias, o que permitiu até hoje – e não sabemos desde quando – que esta obra-prima continue ali pregada.

A bem da língua portuguesa, seria bom que os erros fossem rapidamente corrigidos, até por uma questão de respeito pelo homenageado. A não ser que assim se escreva em bom português e sejamos nós a estarmos enganados.

 

 

Foto tirada em 15-08-2012


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 02.09.11 às 18:28link do post | adicionar aos favoritos

 

As redes sociais são prolíferas, entre outras coisas, para proporcionar um leito confortável aos menos audazes, que não são capazes de sacudir o anonimato das costas e assumir a sua identidade e as suas ideias.

Mercê de uma fraqueza de espírito ou, quem sabe, de alguma maleita congénita aguda, arrogam-se de uma mão cheia de vaidade, apenas com o fito de mostrarem uma folha de serviço, sabe-se lá a quem e a troco de quê.

A mais recente novidade cibernáutica chega a Ourém através de uma página do Facebook, intitulada “Ourém Desabafos”, cujo emblema identificativo é o que os estimados leitores podem encontrar mesmo aqui ao lado.

Não fosse a obscuridade que envolve a sua criação, o anonimato do(s) seu(s) criador(es) e a “dinâmica literária” que anima a referida página, donde se exclui evidentemente a honorabilidade de quem a segue e nela escreve, e o assunto ter-me-ia passado completamente ao lado. Porém, como oureense de “gema” que sou – como é usual dizer-se sobre quem nasce e é criado em determinada localidade (sim, parece caso raro, mas é verdade, pois tive o privilégio de ter nascido em pleno centro da minha Vila Nova de Ourém, faz agora pouco mais de quarenta anos) –, não podia ficar indiferente a mais esta tentativa tosca de burlar as pessoas com uma iniciativa despudorada como esta.

Há, e repito, há por vezes razões que a própria razão desconhece, súmulas antiquadas que nos iludem e confundem, esqueletos escondidos no armário, cujas auras recalcadas e doentes reflectem criaturas sedentas de glória, de protagonismo e de muita confusão.

Acaso António Aleixo fosse vivo, teria certamente motivo para voltar a parafrasear um dos seus ilustres escritos, uma preciosidade da nossa literatura, tantas vezes esquecida por muitos, mas na sua essência bem viva entre todos nós (porventura mais viva do que alguma vez possamos imaginar): “Sei que pareço um ladrão, mas há muitos que eu conheço, que sem parecer o que são, são aquilo que eu pareço” (SIC).

Claro que é muito mais fácil carimbarmos a nossa existência com o nosso egoísmo e a nossa petulância, embora isso seja um pífio sinal de bondade e espelhe a fraqueza atroz do Ser Humano.

Raiar a legitimidade da voz humana através do ruído ensurdecedor da escuridão e do medo é meio caminho andado em direcção ao ridículo e ao abismo.

O mesmo abismo que não tem dó nem piedade por todos aqueles que, sendo deliberadamente fracos, fazem do anonimato a almofada confortável da sua perene inexistência, e para quem a História será um mero repositório de letra morta.

 

PS: Este escrito é dedicado, em abstracto, a todos aqueles e a todas aquelas que fogem da frontalidade e da assunção clara e inequívoca das suas ideias como o diabo da cruz.

E dedicado é também a todos os paus-mandados, a todos os intrépidos paladinos da desgraça, àqueles espíritos sem rosto que apenas merecem a nossa singela piedade.

Aos ofendidos ou a quem a carapuça serviu, deixo por fim uma palavra: revelem-se e assumam-se, e sejam bem-vindos ao mundo vivo dos Homens.       


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 19.06.11 às 17:47link do post | adicionar aos favoritos

 

Confesso-vos que fiquei atónito com o Editorial desta semana do jornal “Notícias de Ourém”, mais concretamente com o facto de o meu estimado amigo “Tony” andar a fazer alegadas pressões junto do director do jornal, no sentido de “diminuir” a exposição pública de outros cronistas (leia-se do PSD/Ourém) nesse mesmo jornal, com a alegada – a fazer fé nos relatos tornados públicos – conivência da Câmara e do seu presidente.

Meus caros, o mundo deve estar de pernas ao contrário, anda tudo doido, ou então a esclerose deve ser mais do que múltipla, perdoe-se-me a expressão, mas é mesmo assim.

Afinal, segundo me lembro, antigamente nas reuniões de secretariado ou da comissão política do PS/Ourém, indignávamo-nos e criticávamos o PSD por usar o dito jornal como meio propagandístico, de fazer uma selecção quase natural dos artigos que publicava e, sobretudo, quem poderia figurar nessa lista, e agora, vira-se o feitiço contra o feiticeiro, e são vocês aqueles que, segundo alegadamente parece, andam a fazer aquilo que criticavam quando estavam na oposição.

A ser verdade o que se tem escrito, será bom porem a mão na consciência e não cuspirem no prato onde um dia já comeram.

Meus senhores, a dignidade e a abnegação que se reclama no exercício do poder político neste país semi falido e podre que se chama Portugal, também passa pela bondade e honestidade com que se exerce o poder autárquico.

Aliás, quando a nível local vemos enquistamentos e desconformidades destas (para não lhe chamar nomes mais feios), imagine-se o que não vai por esse país fora.

Pois bem, sabendo eu que o país não precisa de “xicos espertos” e de muletas, ou até mesmo de canadianas, vamos a ganhar juízo que é para ver se, para a próxima, não têm de engolir o sapo que o infortunado Sócrates teve de engolir nestas eleições.

Seria uma grande frustração, eu diria uma frustração do outro mundo, uma espécie de peregrina ou “Moura” frustração.

Seria interessante esta combinação de juventude, uma certa rivalidade é certo, mas com certeza muito profícua para a sã concorrência entre os partidos políticos, entenda-se o PS e o PSD/Ourém, a lembrar a juventude deste décimo nono governo.

Claro que vos falo na já anunciada candidatura de João Moura à presidência da comissão política concelhia do PSD/Ourém.

Fonseca e Moura são ambos jovens e a combinação de juventude poderá ser uma mais valia para o concelho.

O que não se compreende, é o facto de andarmos sempre a bater na mesma tecla, seja aqui no burgo, seja no país.

E tudo isto vem no sentido da questão de fundo inicial: mas por que raio tem a política de intrometer-se nos órgãos de comunicação social? Mas, não se aprendeu tanto com a estupidez de Sócrates e com os infortúnios de Portugal? Ninguém aprende a lição? Andará tudo louco? Mas, onde pára a responsabilidade? Haverá alguém que ainda acredite neste embuste?

Assim não vamos lá, enquanto concelho e enquanto país.

Deus vos perdoe, e a mim também, porque pecamos.

 

João Pereira    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 04.06.11 às 01:19link do post | adicionar aos favoritos

 

Não podia deixar de manifestar publicamente o meu agradecimento sincero e reconhecido a todos os profissionais do Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar (Centro Hospitalar do Médio Tejo), tanto médicos, como enfermeiros e pessoal auxiliar, os quais, de forma esmerada e dedicada, se mostraram incansáveis nos cuidados médicos e humanos que me proporcionaram ao longo dos dez dias que durou o meu internamento.

O carinho manifestado para com os doentes e a competência técnica demonstrada por todos os profissionais de saúde que ali prestam a sua actividade contribuiu, sem dúvida, para o meu rápido restabelecimento.

Apesar de o quadro clínico não se ter revelado inicialmente dos mais fáceis, ainda assim teve uma evolução francamente positiva, que me permitiu recuperar satisfatoriamente e ir ao encontro das minhas expectativas.

Pelo tanto que me foi proporcionado, aqui deixo o meu mais profundo reconhecimento e o meu bem-haja a todos os que, directa ou indirectamente, me acompanharam neste momento difícil, mas que, felizmente, teve um final feliz.

Uma palavra de apreço e amizade também para todos os amigos (e foram muitos) que se dignaram a visitar-me e para os que, impossibilitados de o fazer, me telefonaram ou mandaram votos de rápidas melhoras. Este espaço seria insuficiente para agradecer a todos da forma que merecem, mas cada um deles sabe o quanto vale a pena tê-los como amigos.

Por fim, à minha família, resta-me guardar para sempre o seu amor, a sua dedicação e a alegria de os ter tido sempre a meu lado, do primeiro ao último dia.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 01.04.11 às 18:30link do post | adicionar aos favoritos

 

Decorreu no passado dia 26 de Março a eleição da Comissão Política da Concelhia de Ourém do Partido Socialista, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista concorrente, encabeçada pelo actual chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Ourém, a qual, como era expectável, saiu vitoriosa.

Até aqui, nada de novo.

Vejamos, porém, embora de forma sintética, um dado histórico interessante e curioso, que nos pode ajudar a compreender melhor a ambiguidade da acção política.

O actual presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, como é do conhecimento público, iniciou a sua carreira política como presidente da Juventude Socialista de Ourém.

Quando Paulo Fonseca passou para a equipa sénior do PS e se tornou presidente da Comissão Política concelhia, assumiu funções na pasta dos jovens socialistas oureenses António Gameiro, o mesmo que viria a suceder a Paulo Fonseca quando este abandonou o cargo para se estrear nas lides distritais e nacionais.

Com António Gameiro na presidência da Comissão Política, a juventude socialista viria a ser liderada pelo actual chefe de gabinete do presidente da câmara.

Agora, com a saída de António Gameiro da presidência da Comissão Política, sucede-lhe o chefe de gabinete do presidente!

Estamos expectantes para saber quem será o senhor (ou a senhora) que se segue…

 

PS1: As leitoras e os leitores estão à-vontade para tirar as ilações que julgarem oportunas. Pela nossa parte, achamos que a História às vezes prega-nos destas tristes partidas. Haverá aqui alguma sucessão hereditária ou algum triângulo das bermudas? Haverá aqui alguma sensação de posse? Terão os militantes socialistas tomado algum “chá da meia-noite” que os tivesse deixado embriagados? Estará o PS em Ourém refém deste triunvirato e se tornado num partido lívido e sem alternativas? Ou será tudo isto e mais alguma coisa?

 

PS2: Não nos espanta, pois, que, a troco dos bons serviços prestados à “causa”, se substituam nas paredes da sede do PS em Ourém os quadros dos ex-Presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio por proeminentes e excelentes fotos de família.

 

PS3: E não é mentira não; é a mais pura verdade.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 18.02.11 às 23:50link do post | adicionar aos favoritos

Uma das bandeiras que o Partido Socialista utilizou nas últimas eleições autárquicas, e a nosso ver bem, foi o excessivo endividamento da Câmara Municipal de Ourém e o prejuízo financeiro que, mau grado o questionável apuramento, se traduziria em muitos milhões de euros, um saldo negativo que se foi acumulando ao longo dos últimos anos.

Esta situação precária das finanças municipais vivia (e vive) a paredes-meias com uma crise internacional e nacional, que começou por ser financeira, depois económica e, finalmente, social, com o défice orçamental e a dívida pública a registarem valores insustentáveis, e o desemprego a subir vertiginosamente.

Contra aquilo que foram as suas bandeiras ou promessas eleitorais, ou seja, assumir uma gestão de rigor, dando primazia à contenção das despesas e do desperdício, não foi preciso esperar muito tempo – foram precisos apenas oito meses –, para o PS começar a gerir a autarquia oureense em contra-ciclo.

Referimo-nos concretamente às festas da cidade de Ourém, de Junho passado, as quais, contra todas as expectativas que seriam razoáveis, tiveram lugar envoltas em grandiosa pompa e circunstância, como se o tempo que então vivíamos, como continuamos a viver agora, fosse de vacas gordas e o município oureense estivesse a nadar em dinheiro, como é uso comum dizer-se quando se vive acima das possibilidades.

Fomos críticos o bastante em relação à megalomania da organização daquele evento, como o fomos em relação ao misticismo que envolveu o modo de como tudo aquilo foi pago.

Para o efeito, o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, pressionado pela Oposição na Câmara e perante o coro de dúvidas que se fizeram sentir, sentiu-se na “obrigação” de dar explicações aos oureenses, tendo afirmado, em entrevista ao Jornal “Notícias de Ourém” (salvo erro em Agosto do ano passado), que tinham sido os patrocinadores a suportar praticamente todos os custos das festas, as quais, recorde-se, compreenderam a realização de vários espectáculos musicais, de relevante mérito e peso nacional, mas que se fizeram certamente pagar a bom preço ou, pelo menos, a preço justo.

Na mesma entrevista, Paulo Fonseca abria um pouco o véu, dando-nos conta que um dos benditos patrocinadores misteriosos tinha sido a Sagres – ora aí está uma revelação do outro mundo, como se a visibilidade desta marca não tivesse ficado claramente retida nos olhos das pessoas ou não tivesse matado a sede a muita gente.

Continuava naquela entrevista, prometendo a realização de um relatório das festas, encontrando-se constituída uma comissão para a sua elaboração, e que a breve prazo seria publicamente apresentado.

Pois bem, passados oito meses sobre a data do evento, é caso para perguntar:

Onde está o famigerado relatório? O que é feito da misteriosa comissão? Oito meses não serão suficientes para dizer aos oureenses, em poucas linhas, onde se foi buscar o dinheiro e quem foram as almas caridosas que, em tempo de vacas magras, puxaram dos seus abnegados interesses e presentearam os oureenses com tamanha festividade?

Ou será que as questões do rigor e da transparência só se aplicam aos outros e servem apenas de mero apanágio eleitoral?

Se para elaborar um simples relatório das festas da cidade são precisos mais de oito meses e tanto secretismo e polémica, começamos a perguntar-nos o que não poderá estar por debaixo do pano ou o que mais poderá vir por aí…

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 17.12.10 às 18:00link do post | adicionar aos favoritos

Seja na Assembleia seja na Câmara Municipal, Ourém tornou-se definitivamente num concelho de gente mentirosa e sem vergonha.

Mente-se descaradamente e com quantos dentes se tem na boca, dizem-se despautérios e arremessam-se preciosismos linguísticos que não lembram ao diabo.

Descamba-se para os arrufos baixos e sem pinta de sal.

Chamam-se mentirosos com todas as letras, e mais aquelas que faltam ao bom senso e à elegância das palavras.

Nesta encruzilhada junto ao abismo, onde o tempo parece ter parado, reeditam-se novelas já gastas, do tempo em que não havia cor e era tudo a preto e branco, reminiscências abruptas de outras eras, com outros personagens, outros enredos mas a mesma história.

 

Ó tempo volta para trás, traz-nos tudo aquilo que não vivemos ou sentimos.

Queremos mais, queremos libertar-nos das amarras do passado que nos prendem ao presente e não nos guiam no futuro.

Não nosso Deus, o mundo não pode ser tão cruel connosco. A vida é mais do que esta simples taça cheia de nada, é mais garbosa do que esta prata cinzenta e sem brilho, do que esta valente cagada.

Não nos castigues mais. Ó nosso Deus, porque os fizestes assim? Vós, do alto da Vossa imensa glória, trazei-nos mais luz do que aquela que nos tem iluminado, brindai os Teus servos com o reino dos céus e levai para bem longe o mundo das trevas.

Serão falácias? Serão balelas? Já não sabemos Senhor… Haja Fé!

Com tantos pecados, tantos impropérios, Vede Senhor, que ainda há gente que diz: é mentira, óó, é mentira éé…

 


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 12.12.10 às 18:41link do post | adicionar aos favoritos

 

Para pôr termo ao lamentável folhetim da iluminação de Natal, quer em Ourém quer em Fátima (ou Cova de Iria?), eu, João Pereira, me confesso.

Falando apenas de Ourém, já que Fátima, sendo a jóia da coroa para muito boa gente (que se esquece que Ourém sempre foi, é e, se o bom senso imperar, há-de continuar a ser a sede do concelho) não é chamada hoje para este texto, posso dizer que percorri todas as artérias da minha querida cidade (na qual eu nasci) à procura de algo novo que me lembrasse o Natal.

O que constatei foi, à excepção da árvore de Natal gigante junto aos Paços do Concelho, um arraial folclórico que me lembrou as festas populares. Julguei que o Santo António tinha chegado mais cedo, ou então que as estações do ano haviam sido trocadas.

A iluminação é, com efeito, feia, assustadoramente mal concebida e pindérica. Revela um mau gosto atroz, amplamente saloia e brejeira.

Acho sinceramente que, ou cumpríamos o rigor de austeridade financeira com que todo o país (incluindo regiões autónomas) está confrontado, ou então não se gastava um único cêntimo nesta feira de vaidades e iluminações que só servem para enganar parvos e gente incauta.

Se há um ano estávamos falidos, hoje estamos falidamente iluminados.

Demagogicamente, os caciques locais querem-nos atirar para os olhos as benfeitorias deste Natal, como se o povo tivesse memória curta e não se lembrasse do que se tem escrito por aí.

É fácil vociferar despautérios contra a gestão camarária anterior. Eu próprio teci veladas e objectivas críticas a respeito do marasmo que nos impuseram em mandatos anteriores.

Mas, paradoxalmente, não vejo o que é que tenha mudado. Ou melhor, algo mudou, mas não augura um bom presságio.

Certa vez, perguntei a Orlando Cavaco (e espero não estar a cometer nenhuma inconfidência), na dependência da Caixa Geral de Depósitos (passo a publicidade), por que razão a Câmara Municipal só nomeava boys social-democratas para os principais cargos dirigentes do nosso concelho. A resposta que obtive foi que, por estarem dentro dos assuntos, eles seriam os mais qualificados para as diversas funções…

Hoje, a pergunta que deixo aqui é a seguinte: quantos boys do PSD a actual maioria pôs na rua quando assumiu funções? E quantos boys socialistas entraram na órbita municipal?

Não estaremos, neste momento, com um aparelho público a nível local super obeso, cujas tetas, por tão ordenhadas que têm sido, começam a dar sinais de cansaço?

Não estará a actual maioria a dar guarida a uma trupe de gente que, a juntar à que já lá estava, apenas se quer orientar na vida e delapidar o pouco que nos resta?

 

E quem pagou as festas da cidade? Quem são os misteriosos benfeitores que proporcionaram ao povo um chá inebriante que apenas serve para distrair e enganar as pessoas? E que apenas serve para cativá-las e domá-las?

Por que razão Ourém só tem dois (salvo erro) planos de pormenor, e um, precisamente na Caridade?

Será que quem anda a patrocinar / financiar a Câmara Municipal de Ourém são os amigos e afilhados que, a troco de uns tostões, vão recebendo uns favorzões?

Por que razão ninguém nos explica isto?

Claro que o povo, enquanto anda entretido com festinhas, inaugurações e luzinhas, não tem tempo para pensar nestas coisas.

Se Salazar embrutecia o povo negando-lhe a educação, nos tempos que correm dão-se-lhe uns copos e umas bifanas que ele fica estupidamente entretido. E o resto meus senhores? E as contas? E o dinheiro, vai-se buscar onde?

E depois poupa-se na lenha das criancinhas, porque essas lá têm que se aguentar… E depois desconfia-se dos professores, porque esses a lenha podem roubar…

Caros amigos: estamos em crise, e ponto final.

Uma árvore de Natal gigante? Sim senhor, assino por baixo. Tudo o resto é feio, é dinheiro mal gasto, são presentes envenenados e uma tremenda falta de gosto.

Este novo-riquismo sempre me fez muitas borbulhas, estraga-me a pele, sei lá, sobretudo esta vida fácil quando metemos a nossa burra foice em seara alheia, a do Estado, a grande teta que alimenta falidos e desprovidos de negócio ou futuro.

Espero que o Orlando Cavaco ainda se lembre da proposta que me fez no Café Chiado há alguns anos atrás, porque hoje, mais do que nunca, tenho pena de ter sido quem fui ou de ter (termos) sustentado muitos burros a garbosos pães-de-ló… a não ser que, feitas as contas deste rosário infeliz, ainda apareça o Pai Natal a dizer-me o contrário.

Tenham umas Festas imensamente felizes e, já agora, um Excelente e Santo Natal.     


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 27.11.10 às 02:06link do post | adicionar aos favoritos

 

O Jornal “O Mirante” deu-nos conta, no passado dia 20 de Novembro, de uma notícia fabulosa: segundo o jornal, a Câmara Municipal de Ourém vai gastar este ano 105.690 euros em animação de Natal.

Ora aí está, tesos que nem um carapau, mas sempre em festa!

A aposta vai para a animação das cidades de Ourém e Fátima, na qual se integra o projecto “Fátima Cidade Natal”, e que visa dinamizar o comércio local.

Desde concertos e teatro, passando por exposições e árvores de Natal gigantes, até às pistas de gelo, vamos ter de tudo um pouco, à grande e à francesa.

Na sede do concelho, os oureenses poderão patinar no gelo e admirar as luzes de Natal, aquelas que no ano passado ficaram na gaveta por estarmos numa conjuntura de crise e com um passivo na edilidade de mais de 50 milhões de euros.

Este ano, como a crise já passou, toca de pôr mãos à obra e dar à população uma mão cheia de alegria e festa.

Quer-nos parecer que, qualquer dia e por este andar, para além do “Paulinho das Feiras”, vamos ter também o “Paulinho das Festas”.

Para uma Câmara com a corda na garganta e endividada até à medula, convenhamos que são festas e folclore a mais.

Ainda nem sabemos quem foram os angélicos patrocinadores misteriosos das festas da cidade (e quanto ao relatório, nem vê-lo), e aqui vai mais uma para a prateleira dos troféus.

O que interessa é manter o povo distraído, dar-lhe música, fogo-de-artifício e comes e bebes. O resto, logo se vê, amanhã é outro dia…

 

Esta aposta forte na animação de Natal é um investimento, afirmou Nazareno do Carmo, o vereador socialista com o pelouro de Fátima. E acrescenta esta ideia peregrina: “Pode não trazer muita gente [a Fátima, segundo depreendemos], mas o que está em causa são os interesses dos comerciantes”.

Ora, claro está, pode não haver clientes, mas os comerciantes também têm o direito de patinar no gelo e deliciar-se com a iluminação de Natal. Mesmo que não vendam nada…

Pela nossa parte, deixamos mais uma sugestão à Câmara de Ourém: já temos saudades daquele sistema sonoro que era colocado nas principais artérias da cidade a passar melodias de Natal. E se a Câmara recuperasse esta aconchegante ideia? Mais ainda: a vereação, dirigentes de empresas municipais, boys e afins podiam gravar uma música para animar os oureenses enquanto estes fazem as suas compras de Natal. A letra podia começar assim: “É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem. É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem...”.    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 24.11.10 às 21:31link do post | adicionar aos favoritos

Como se não bastassem os procedimentos complicados e esquisitos que agora são utilizados para a distribuição de lenha às Escolas e Jardins de Infância do nosso concelho, surge agora uma nova moda, que é a utilização de registos fotográficos para se ficar com a certeza da quantidade de lenha que é distribuída e que a mesma não arde antes de tempo.

Se calhar as entidades competentes do nosso município têm receio que os seus alunos, na falta de uma bucha para aconchegar o estômago a meio da manhã ou da tarde, e tendo em conta a crise que graça por aí, comecem agora a digerir troncos de lenha para matar a fome, ou então que alguém comece a surripiar a lenha e a leve para casa no bolso.

De facto, os tempos são mesmo de crise…

Resta saber se é a lenha que está mesmo em crise por estas bandas, ou se é a escassa competência e o minúsculo cérebro das pessoas que está cada vez mais a minguar com o tempo.

Andarão as pessoas responsáveis por esta área a ver os outros à sua própria imagem e semelhança?    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 18.11.10 às 21:59link do post | adicionar aos favoritos

 

 

Já se sabia que o novo edifício da Câmara Municipal de Ourém (CMO), apesar de ter uma arquitectura moderna e atraente, ficou aquém das necessidades da autarquia.

Parece anedota que uma obra feita de raiz, e com custos muito significativos, não possa albergar todos os serviços camarários de forma condigna, mormente a realização das reuniões da Assembleia Municipal que, a braços com a reduzida dimensão da sala que ali foi criada, tem de andar a saltitar de espaço em espaço à procura daquele que mais se adequa ao momento.

Quanta incompetência para não se ver que a obra era pequena e que não cabia lá tudo… Só mesmo alguém com vistas curtas para não se aperceber do erro logo no papel!

E era esta a terra de novos horizontes que nos haviam prometido… Talvez, quiçá, fosse antes a terra dos pequeninos, com manias de sabichões, mas inexoravelmente trapalhões.

Agora, a CMO, numa tentativa de salvar a honra do convento, tornou pública a sua velha pretensão de dinamizar o antigo edifício dos Paços do Concelho, hoje transformado em albergue temporário (do Agrupamento de Escolas, do Lions Clube, etc.).

Segundo o presidente da Câmara, o projecto prevê a construção, no piso térreo, de um auditório, onde deverá funcionar a Assembleia Municipal, e de um Salão Nobre.

No piso superior, o espaço vai ser remodelado para ali poderem funcionar os gabinetes da presidência, dos vereadores e respectivas assessorias.

 

Como diz o próprio presidente, os centros de decisão da edilidade vão regressar às origens, que é como quem diz, vão passar do novo para o velho edifício.

Esta brincadeira, que irá custar quase 900.000 euros ao erário público (embora se fale que o projecto será candidato a fundos comunitários), prevê ainda outras benfeitorias, como a colocação de um elevador para pessoas com dificuldades motoras e a construção de uma passagem aérea envidraçada, ao nível do primeiro andar, que irá ligar a Câmara antiga à Câmara nova, ou vice-versa, uma espécie de cordão umbilical entre o passado e o presente, um corredor de modernidade para tornar ainda mais vivos na memória dos oureenses os atentados terroristas que têm desde há muito alvoraçado a nossa terra.

Não fosse a burrice e a estupidez dos anteriores executivos e talvez estivéssemos hoje a falar, não de 900.000 euros, mas de uma soma substancialmente menor.

De qualquer forma, espera-se que a gestão socialista não faça erguer novos corredores aéreos pela cidade, pelo menos como tapa buracos como o que agora se propõe construir, e não surpreenda a população com uma destas obras modernaças a ligar a Câmara antiga ao Cinema, ou a recuperar a velha ideia megalómana e visionária de David Catarino, construindo um agradável teleférico para ligar os gabinetes da presidência e da vereação directamente ao Santuário de Fátima, com escala na Ucharia do Conde.

Valha-nos o Santíssimo Sacramento.


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