Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 19.06.10 às 00:44link do post | adicionar aos favoritos

Vale a pena fazer hoje uma referência, a todos os títulos justa, ao que ficou conhecido por “Comissões Administrativas”, as quais tiveram a incumbência de gerir as autarquias locais no período que mediou o 25 de Abril e as primeiras eleições da era democrática, realizadas em 12 de Dezembro de 1976.

Estávamos, então, num período revolucionário, e era necessário garantir a máxima estabilidade das nossas instituições.

Em Ourém, com o afastamento do Dr. Carlos Vaz de Faria e Almeida, até então Presidente da Câmara Municipal, a Comissão Administrativa da nova Câmara (1974-1976) integrou as seguintes personalidades:

 

Presidente: Tenente-Coronel Rodrigues (Ourém);

Vogal: Abílio Figueiredo (Freixianda);

Vogal: Armando Leitão Pereira (Ourém);

Vogal: Joaquim Barreirinho (Fátima);

Vogal: Joaquim Marcelino Espada (Ourém).

 

Esta equipa, teve o mérito de dar o pontapé de saída no desenvolvimento de Ourém e do seu Concelho, em prol das suas gentes e das suas ambições. Foram os primeiros a ter nas mãos os destinos da nossa terra, depois de 48 anos de um “Portugal Amordaçado”, parco em desenvolvimento e deliberadamente tornado incauto. E Ourém não escapava à regra.

Pondo as mãos na massa com uma vontade repleta de sonhos e projectos, esta equipa lançou obras com visão de futuro, como sejam aquilo que é hoje conhecido por Feiras e Mercados, o pavilhão gimnodesportivo junto à Escola Secundária de Ourém (ESO), entre outros.    

Mesmo havendo uma forte pressão dos comerciantes da época contra a deslocalização do mercado para a nova zona de feiras (onde ainda hoje se encontra) – recorde-se que o mercado semanal realizava-se nessa época na praça da República (praça abaixo da igreja) –, mesmo havendo vozes discordantes a dizer que iriam perder dinheiro e clientela se o mercado mudasse de sítio, mesmo assim aquela equipa seguiu em frente com o seu projecto, porque tinha uma visão de futuro para a sua terra, porque queria apostar na sua terra, porque queria o bem-estar das suas gentes. Alguém vê hoje outra localização para o mercado?

Em relação ao pavilhão gimnodesportivo junto à ESO, as vozes discordantes e apáticas, na opinião de uns, as múmias, na opinião de outros, diziam que bastava um recinto básico para a prática dos desportos escolares, sem bancadas, sem balneários adequadamente equipados, sem condições para a prática de outras modalidades, como o hóquei em patins, modalidade cara à nossa cidade e ao nosso Concelho, enfim, sem quase nada. Mais uma vez, esta equipa teve visão de futuro ao mandar erguer um pavilhão com capacidade para a prática de várias modalidades desportivas, e com público na assistência incluído.

Este, é um pedaço da nossa história que nos cumpre a todos manter vivo. Esta, é uma história entre as “estórias” que temos para contar. Não condenemos os governantes por terem apagado um pedaço da sua história. Não os levemos ao altar dos sacrifícios. Mas deixemos-lhes o outro lado da sua história.    

Posto isto, fica o desabafo honesto e de protesto face a tão quezilenta memória dos nossos governantes. É que nunca se tem uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão. É, pois, tempo de virar a página e de mostrar também ao povo oureense o outro lado da sua história. Já agora, alguém tinha ouvido falar nesta comissão administrativa? Pois é, o tempo voa. Mas existiu.

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