Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 18.09.10 às 19:06link do post | adicionar aos favoritos

 

A rentrée do “Notícias de Ourém”, após umas merecidas férias, deixou-nos particularmente satisfeitos por termos constatado que os deputados oureenses à Assembleia da República, eleitos pelo distrito de Santarém, aparecem agora lado a lado, com colunas distintas, a falar-nos de “Actualidades”, no caso de Carina João, e de um sortido de temas sobre o concelho e o país, coluna embora não epigrafada, no caso de António Gameiro.

Aos dois apresentamos desde já as nossas mais sinceras e cordiais felicitações por terem aceite tal desafio, o que acaba também por revelar que ambos estão animados por um verdadeiro espírito democrático de partilha de pontos de vista e de confronto salutar de ideias.

Agora que se inicia este “frente-a-frente” político, que coloca na coluna da esquerda o PSD e na coluna da direita o PS, impõe-se, todavia, fazer duas análises acerca destas colunas de opinião, uma relativa à forma, e outra relativa à substância.

Quanto à forma, nada temos a apontar. A cada uma das reflexões foi atribuído um terço de página, numa lógica equitativa, o que achamos justo, e ambas têm um cariz claramente partidário, arreigadas à ideologia que representam e formalmente dependentes das respectivas forças partidárias, pese embora o facto de parecerem reflectir as opiniões pessoais dos seus autores.

Há ainda a referir o facto de António Gameiro ter optado por se socorrer de frases célebres de outros autores para, de forma recorrente e sistemática, terminar as suas reflexões.

Trata-se de um pormenor formal que embeleza e enriquece o texto, com a particularidade de pôr os leitores a reflectir sobre o que acabaram de ler, ainda que por vezes essas frases estejam carregadas de simbolismo e/ou de “indirectas”.

Quanto à substância, a realidade impõe que olhemos para estas duas colunas com outros olhos, mais perscrutantes, diríamos nós, ou vistas por outro prisma.

 

 

Na verdade, a coluna da direita, a de António Gameiro, tem vindo, ao longo do tempo, a evidenciar um conjunto de pontos de vista que abordam, como dissemos atrás, várias vertentes da vida política, económica, social e cultural do concelho e do país.

Mas, há em quase todos eles, e já são muitos, um denominador comum: o facto de estarem ao serviço da actual maioria camarária, ou não fosse uma constante verificarmos que o que ali se diz são autênticos elogios directos ao trabalho desenvolvido pelo executivo do PS na Câmara Municipal de Ourém.

Até parece que o actual executivo precisa de uma figura supostamente “independente” para promover a sua gestão, uma espécie de “relator principal” da Câmara, um promotor público da imagem do presidente, fiel guardador da honra do convento e astuto arauto das boas novas socialistas.

Para além disso, verificamos, não raro, que as reflexões do nosso estimado amigo António Gameiro acabam por desancar no trabalho feito pela anterior gestão municipal promovida pelo PSD, desferindo muitas vezes duros golpes sobre os seus adversários políticos, através de um discurso que, achamos, está muito próximo daquilo a que se chama comummente bota-abaixo ou crítica fácil.

Temos para nós que a crítica pela crítica não gera soluções para os problemas com que estamos confrontados, não abonam a favor do próprio nem são uma mais-valia para o concelho.

E não está em causa a veracidade (pois que ela existe) de alguns ataques que são proferidos, mas antes a oportunidade e a maneira como são feitos.

Se, para afirmarmos as nossas ideias, precisamos de andar constantemente a rebuscar no passado os podres social-democratas em termos da gestão da autarquia oureense, ficará sempre a ideia, para quem está de fora, que os seus autores têm tudo menos ideias para o nosso concelho.

O que está feito, está feito, e os oureenses não precisam que lhes relembrem semanalmente que tiveram uma Câmara que cerceou o desenvolvimento da sua terra por longas e angustiantes décadas.

Diferente seria se os agora ilustres colunistas, Carina João e António Gameiro, enveredassem por outro caminho.

 

Dizemos isto, porque, a avaliar pelas “Actualidades” que Carina João nos trouxe no seu primeiro texto, ou seja, a proposta de Revisão Constitucional apresentada pelo PSD, os seus contornos e o seu alcance, estamos em crer que a sua coluna irá também desembocar numa “feira de vaidades”, numa promoção partidária das políticas do PSD, baseada em elogios precários e que só muito indirectamente resolvem os problemas concretos dos oureenses.

E qual é esse caminho?

Bem, esse caminho é aquele que é calcorreado pelas estradas do nosso concelho, pelos meandros dos nossos problemas, pela vida quotidiana de todos nós oureenses.

É um facto que Carina João e António Gameiro foram eleitos deputados pelo círculo de Santarém e são oureenses.

É nessa qualidade que, do nosso modesto ponto de vista, deviam outorgar as suas colunas, preocupando-se mais em explicar aos oureenses o que andam a fazer pelos corredores de São Bento em prol do concelho de Ourém, do que propriamente desfiarem um “rosário” que pertence a outros “campeonatos”.

Seria certamente mais importante e profícuo para todos nós que os nossos deputados nos dissessem semanalmente quais foram as iniciativas que levaram a cabo na Assembleia da República tendo em vista o progresso do concelho de Ourém.

Dir-nos-ão que basta clicarmos no site da Assembleia da República ou termos um perfil no Facebook para nos inteirarmos das vossas iniciativas parlamentares. É verdade. Mas, não é menos verdade que nem todos têm o privilégio de dominar as novas tecnologias, e a curta distância a que está um clique para alguns, transforma-se num oceano intransponível e incompreensível para muitos outros, precisamente aqueles para quem o jornal ou as conversas de café são os únicos meios de que dispõem para obter as respostas para os problemas que os preocupam e com que são confrontados todos os dias.

É por tudo isto, mas certamente por muito mais, que valia a pena vermos as vossas colunas no “Notícias de Ourém” a servir construtivamente o nosso querido concelho de Ourém, ao invés de serem meras caixas de ressonância partidária e servir unicamente para promover os vossos partidos, as vossas próprias paixões e vaidades pessoais.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 18.09.10 às 01:52link do post | adicionar aos favoritos

 

1. O governo anunciou finalmente a anulação do concurso para a construção do troço Lisboa – Poceirão do TGV, que incluía a terceira travessia do Tejo, mas manteve a intenção, até porque já está para breve, de construir a ligação Poceirão – Caia.

Diga-se, desde já, que somos totalmente a favor da Alta Velocidade (vulgo TGV) entre Lisboa e Madrid (pelo menos numa primeira fase).

É uma infra-estrutura estratégica para o nosso país (e não só para Espanha, como se diz erradamente e à boca cheia), que nos vai ligar à Europa, é geradora de investimento e de emprego, irá gerar riqueza para o país e potenciar o crescimento económico. Disso não temos dúvidas absolutamente nenhumas.

Aliás, quem pensa pequeno, é medíocre, tem vistas curtas e nunca saiu de Portugal é que pode dizer o contrário.

Assente este ponto, vamos à segunda parte, que é como quem diz à oportunidade do investimento.

Como o próprio governo sabia, a oportunidade deste investimento, tendo em conta a situação financeira do país e o futuro que não é risonho em termos económicos, era completamente inusitada e extemporânea.

Perante uma nação falida e endividada até ao pescoço, ou melhor, até à cabeça, seria um suicídio persistirmos neste projecto e endividarmos as futuras gerações, não já os nossos filhos e netos, mas a quarta ou quinta geração.

Era um disparate, uma irresponsabilidade e um crime digno de julgamento sumaríssimo.

O país não comporta e os portugueses não podem admitir que se ande a esbanjar o pouco dinheiro que temos, a maior parte emprestado, em megalomanias que só fazem sentido se vivêssemos, conjuntural e estruturalmente, num “Eldorado”.

Mas, em particular, não é essa a realidade do país, mas também da Europa e do mundo.

Estamos cercados por dificuldades nunca antes experimentadas e absorvidos por uma crise imensa que não podem ser maquilhadas nem escamoteadas, principalmente por quem nos governa.

A actualidade é deveras complexa e difícil para que nos demos ao luxo de “masturbarmos” as nossas vaidades em prol de experiências pessoais que custam um preço demasiado elevado aos portugueses, a todos nós que continuamos a sentir sair dos bolsos o dinheiro que os desgovernos que temos tido ao longo das últimas décadas têm insistido, deliberada e vergonhosamente, a usurpar-nos.

Não podemos tolerar que haja mil e cem milhões de euros para pagar uma tolice de dois submarinos, que daqui a uns anos nem peças nem dinheiro temos para os pôr operacionais, quando todos os dias os portugueses sentem na carteira os desvarios infames de uma certa classe política corrupta, irresponsável, arrogante e sem qualquer sentido de serviço público.

E logo agora que tanto se fala em serviço público e naquilo que a educação e a saúde representam para a maioria dos portugueses.

Não podemos andar, por um lado, a apregoar para as televisões a defesa intransigente do Estado Social, e ao mesmo tempo, por outro, a brincar com as finanças do país.

Qualquer português ou qualquer família sabe, e não é preciso ser doutor ou engenheiro, que se o seu rendimento mensal disponível é de 1000, não pode gastar 2000. Se gastar 2000, vai precisar de pedir outros mil emprestados para cumprir os seus compromissos. E, nessa altura, ou tem um amigo do peito que lhe empresta e perdoa a dívida, ou vai ter que recorrer à banca para pagar os mil que pediu emprestado, mais os juros. Se, no mês seguinte, em vez de 1000, vai gastar 1500, tendo o mesmo rendimento de 1000, então a sua dívida já não vai ser de 1000 mas de 2500, mais os respectivos juros. E assim por diante.

É deste modo execrável que anda o nosso Estado. Contrai dívida para pagar a dívida acumulada anterior.

Isto tem de ter um fim. E, se trocarmos as letras, dá FMI. Infelizmente.

Ora, TGV ou submarinos não são efectivamente o “pão” que os portugueses precisam neste momento.

Aceitaríamos esses investimentos se não conhecêssemos a nossa realidade presente.

 

 

2. Mas, a realidade presente mostra-nos à evidência que os políticos têm de ter mais contenção, sentido de oportunidade e responsabilidade e, acima de tudo, têm de deixar-se de tacticismos políticos eleitoralistas, que só visam a manutenção do poder, revelam o desprezo com que encaram os cidadãos seus eleitores, para além de que tristemente só vão adiando a resolução deste grande problema que se chama Portugal.

Só que, para quem quiser, ainda há uma saída, ou uma luz ao fundo do túnel.

 

 

3. José António Saraiva dizia há uns anos que a política portuguesa caminhava em direcção à mediania, e que “os grandes homens não são aqueles que se acomodam ao seu tempo mas exactamente os que se sabem antecipar. Pelo actual caminho, teremos líderes partidários certinhos mas medianos”.

Passados estes anos todos, permitam-nos que actualizemos a frase: em vez de termos líderes partidários certinhos e honestos, temos gente mediana e medíocre.

De facto, os líderes políticos dizem cada vez menos o que pensam. E, o que é mais grave, tudo o que pensam, dizem e fazem já não é novidade.

É por isso que os políticos devem falar menos de si próprios, dos seus programas, das suas rivalidades, das suas competências, e falar mais das questões superiores à política que devem comandar as suas opções políticas.

Os partidos políticos constituem apenas um dos elementos da vida política.

Mais importantes são os movimentos sociais que defendem valores, que combatem a injustiça e, entre ambos, os movimentos de opinião animados pelos “media” e pelas organizações, e também pelos intelectuais.

Daí que hoje não é a reconstrução de um qualquer partido político que é urgente, nem sequer a formação de movimentos sociais, na medida em que estes surgem espontaneamente numa sociedade.

É necessário, isso sim, criar associações, organizações, movimentos de opinião e lançar debates de ideias.

É que, “há muito que vivemos uma política da oferta, devemos regressar a uma política da procura”.

Os políticos devem preocupar-se mais com a procura social do que com a sua própria oferta política. É preciso que voltem a dar à nossa democracia a força de representatividade que ela perdeu.

É preciso que os políticos nos dêem a sensação de sermos, mais do que eleitores, cidadãos, e, sobretudo, que façam renascer dentro de todos nós a convicção de que os políticos não são os dirigentes de um país, da sua economia e da sua administração, mas antes que estão ao serviço de grandes causas e daquilo que cada um de nós considera os seus direitos e a sua liberdade.

Mas, também é necessário que não voltemos a escutar mais aqueles que fazem da política uma profissão.

Vamos regressar ao espírito democrático, o qual assenta na subordinação da acção política a princípios superiores à política: a liberdade, a igualdade, a solidariedade.

Sem política democrática, ou seja, representativa, ficaremos condenados a encerrarmo-nos na defesa dos lobbies muito bem organizados, em detrimento quer dos mais empreendedores quer dos mais fracos.

Os políticos não devem, por isso, contentar-se em ser meros técnicos de partido, mas antes, pelo contrário, seguir o caminho mais longo para o poder, aquele caminho que lhes permitirá encontrar os actores sociais reais para maior proveito da reflexão inovadora.

Neste princípio de século, precisamos todos de uma renovação total da vida política.

Para novos problemas são necessárias novas ideias, novos actores e novas formas de acção.

E quanto mais depressa se empreender este grande trabalho de renovação, mais depressa os políticos serão conduzidos ao poder por eleitores há muito descontentes por já não se sentirem verdadeiramente cidadãos.

Se os políticos apresentarem uma nova política, verão definitivamente renascer por toda a parte ideias, iniciativas e movimentos para os apoiar e incentivar.

Quando isso acontecer, os políticos voltarão a ser os verdadeiros representantes do povo!


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 16.09.10 às 23:53link do post | adicionar aos favoritos

 

Parece que também no mundo do futebol é preciso batermos no fundo e andarmos pelas ruas da amargura para se terem ideias luminosas.

Mourinho já tinha dito que um dia gostava de vir a treinar a Selecção Nacional, o que, a pôr-se a questão, seria só lá para a fase final da sua carreira no exterior.

Mas, foi adiantando, que não excluiria a hipótese de antecipar o seu regresso a Portugal, caso se viessem a verificar condições excepcionais que justificassem a sua preciosa colaboração, já que, segundo o próprio, nunca voltaria as costas ao seu país numa situação crítica e periclitante.

Ora aí está. Todo o imbróglio que se criou em torno da figura de Carlos Queiroz, da Selecção Nacional de Futebol e no antes e depois da nossa presença no Mundial da África do Sul, imbróglio esse que é sobejamente conhecido de todos, é motivo bastante para justificar a presença de José Mourinho enquanto “Salvador da Pátria”, e numa derradeira tentativa de salvar a honra do convento.

Para tanto, Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), deslocou-se hoje a Madrid, numa visita relâmpago e à revelia da vice-presidência da FPF, para suplicar a Mourinho que ajude a qualificar a Selecção Nacional para o Euro 2012.

Mourinho parece ter gostado da ideia e a bola está agora do lado do seu patrão, o Presidente do Real Madrid, com quem Madaíl deverá reunir-se dentro em breve, para o pôr a par das nossas “Euro-necessidades”.

Quem não gostou do filme (leia-se da visita “inesperada” de Madaíl a Madrid), foi a vice-presidência da FPF, que não teve prévio conhecimento dessa deslocação.

Quase que estamos a ver o dinossauro futebolístico Amândio de Carvalho, qual lapa, a bradar aos céus e a espumar pela boca quando soube da viagem do seu presidente pela comunicação social.

Como bom português, certamente que se sentiu como o “corno” desta história. Bem feito para ele e para o seu séquito de fiéis seguidores.

Deus permita que uma das condições para Mourinho aceitar o convite seja limpar a Federação Portuguesa de Futebol desta tralha que só conspurca o futebol português.

Entretanto, bom seria termos José Mourinho entre nós. Vemos com bons olhos essa ideia e julgamos que é o sentimento de todos os portugueses.

Mourinho, seja bem-vindo.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 15.09.10 às 23:06link do post | adicionar aos favoritos

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 14.09.10 às 23:58link do post | adicionar aos favoritos

6 de Setembro de 1997 – Príncipes William e Henry à passagem do cortejo fúnebre de sua mãe, Diana, a Princesa de Gales.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 13.09.10 às 18:25link do post | adicionar aos favoritos

 

Têm vindo a ganhar forma e substância nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, alguns grupos constituídos por cidadãos que, unidos por uma causa comum, têm vindo a divulgar e a concretizar uma série de iniciativas que, pela sua actualidade e pertinência, justificam que deixemos aqui neste espaço algumas palavras de apreço e de estímulo.

Merece destaque, em particular, cinco grupos espontâneos que se assumem preocupados com a dignidade política (1), com a credibilidade da justiça (2) e com a ética na gestão pública em Portugal (3).

Denominados Flor de LótusExéquias Fúnebres, Cidadania Pró-activa, Aglutinadores de Consciência e Palhaços somos nós, estes grupos de cidadãos pretendem manifestar a sua preocupação relativamente àqueles três pilares, sem os quais o exercício de uma cidadania plena por parte de todos os portugueses é apenas uma miragem e uma retórica sem qualquer correspondência com a realidade.

Uma das principais acções que vai ser levada a efeito terá lugar no próximo dia 5 de Outubro, na cidade de Guimarães, para a qual poderá livremente aderir e participar.

Para mais esclarecimentos sobre esta e outras iniciativas, e para conhecer melhor quem são e o que move estes grupos de cidadãos, pode visitar a página de cada um deles no Facebook, clicando acima no respectivo nome.

Finalmente, cumpre-nos divulgar aquelas que são três das expressões mais emblemáticas destes grupos:

 

-“Exéquias fúnebres à dignidade política, à credibilidade do sistema de justiça e à ética da gestão pública”;

-“Pessoas que têm consciência da situação em que Portugal se encontra, não só do ponto de vista económico, mas também da degradação dos valores básicos de uma sociedade. Queremos fazer o funeral à dignidade dos políticos”;

-“Muitas pessoas têm vontade de exercer a cidadania. Quem vai coloca-las em contacto?
O objectivo de Flor de Lótus - Cidadania Activa é promover o contacto entre pessoas que procuram o mesmo bem comum”.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 12.09.10 às 23:14link do post | adicionar aos favoritos

 

Ao fazer um périplo pelos Blogs do concelho de Ourém, despertou-nos a curiosidade um texto colocado no passado dia 6 de Setembro no Blog “Sobre Ourém”, da autoria de Sérgio Faria, intitulado “o espectro e o aspecto”.

Nesse texto, Sérgio Faria relata-nos um episódio que decorreu em plena sessão da Assembleia Municipal, cujo protagonista foi o próprio Presidente da Câmara Municipal de Ourém, em relação ao qual teceu duras críticas pela alegada postura arrogante e despropositada que assumiu na sequência de uma intervenção feita pelo líder do grupo municipal do PSD, chegando mesmo a comparar Paulo Fonseca ao ex-presidente da Câmara, David Catarino, no que aos “modos, esquemas e enredos” diz respeito.

Para além disso, “Paulo Fonseca revelou a arrogância, a crispação e o destempero que caracterizaram alguns dos episódios mais lamentáveis protagonizados por David Catarino em sessões daquele órgão”, afirma ainda o autor.

Sérgio Faria conclui dizendo que “anos e anos a estagiar na oposição municipal e o que o pessoal do PS revela ter apurado melhor durante o tirocínio é a capacidade de repetir os disparates, os erros, as manias e os vícios da era de David catarino”.

 

Ora aí está uma crítica forte e incisiva, que em nada abona a favor da imagem pública do actual presidente da Câmara Municipal de Ourém.

Não temos razões para duvidar da veracidade do que nos é relatado naquele texto, mas, diga-se de passagem, não deixámos de ficar extremamente surpreendidos e preocupados.

Não nos era expectável que Paulo Fonseca, a menos de um ano da sua eleição, já tivesse adquirido os tiques de autoritarismo e arrogância que tanto criticou nos seus adversários políticos, e que foi motivo de chacota por parte do Partido Socialista e dos seus dirigentes ao longo de anos a fio, tantos quantos os anos da própria democracia.

Todos sabemos que o exercício do poder por largos períodos de tempo acaba por criar vícios, vaidades e excessos pessoais que transformam as pessoas em abutres selvagens, que acabam por ficar condicionadas e reféns do próprio poder que exercem.

E não é menos verdade que o poder absoluto corrompe absolutamente.

Ora, é isto precisamente aquilo que, nós oureenses, tivemos ao longo das últimas três décadas.

Três décadas em que assistimos ao exercício do poder absoluto, arrogante, antiquado, decrépito e malicioso, que transformou Ourém num concelho parco em desenvolvimento e sem perspectivas de crescimento a todos os níveis.

Um concelho parado no tempo, de vistas curtas e a ver passar os navios, enquanto os concelhos vizinhos cresciam e se expandiam, se modernizavam e evoluíam.

Foi para virar a página e cortar radicalmente com os vícios do passado que Paulo Fonseca foi eleito presidente da Câmara Municipal de Ourém.

Foi para trazer uma lufada de ar fresco às pessoas e às instituições, foi para quebrar o marasmo em que estávamos mergulhados há longos anos, acomodados que fomos aos “Velhos do Restelo” que nos foram governando década após década, fase na qual, a par de um concelho pobre e de fracos rendimentos, não se conhece, todavia, nenhum político que tenha passado pelas altas esferas da nossa Câmara que não tenha criado um bom pé-de-meia para a velhice.

Entre tachos e panelões, favores e benesses, subornos e sacos azuis, houve de tudo um pouco, só não vê quem não quer ver.

Paulo Fonseca tem de ser a antítese desta trapalhada e salganhada toda. Não se pode deixar cair em tentações oblíquas e que avivam a pior memória do passado.

Se Paulo Fonseca transigir na defesa dos melhores valores que devem nortear o seu mandato, se em vez de tolerar se voltar para a intolerância e para a arrogância, se transformar o exercício do seu poder numa arma de arremesso a favor de clientelas e amizades frívolas, se esquecer rapidamente o compromisso que tem com os eleitores e não honrar o seu programa de campanha, então, nessa altura, é bom que saia de cena e leve consigo o seu séquito de fiéis seguidores – os compadres e as comadres que só se sentem realizados profissionalmente quando usurpam o poder.

Mas, o povo é sereno e está atento. E não é estúpido. Porém, ao mínimo rombo na dignidade e na decência, à mínima falha de transparência, o povo puxa-lhes o tapete e lá vêm todos por aí abaixo.

E que grande trambolhão será.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 12.09.10 às 17:36link do post | adicionar aos favoritos

Nelson Mandela é indiscutivelmente uma referência internacional de bondade e de carácter.

Soube perdoar a quem o colocou longos e angustiantes anos na cadeia, e não mostrou qualquer rancor ou ódio antes, durante e após a sua libertação.

Chegou mesmo a presidente da África do Sul, um sinal de reconhecimento em relação ao homem que durante anos foi massacrado intelectualmente pelas ideias que defendia, e por querer tornar o seu país livre e verdadeiramente democrático.

O mundo é tributário da sua luta, da sua força e da sua coragem.

Muitos líderes mundiais, de maior ou menor expressão, deviam ter um livro de Mandela sobre a mesinha de cabeceira. Só assim teriam a noção clara de que, quando comparado com a vida de Nelson Mandela, as suas histórias de vida estão manchadas por valores e preconceitos desgastados e fúteis, que apenas têm contribuído para o atraso dos países e dos povos que lideram.

Mas, também o mundo perde com esse egoísmo larvar e mal intencionado. Perde em equilíbrio e valores. Perde também porque os direitos humanos não são respeitados e, muitas vezes, a vida humana é vista como negociável e de baixo valor.

Ora, tudo isto é a antítese do que Mandela tem sido para o seu país e para o mundo. Se não fosse um homem bom, com princípios éticos e fraternos, não teria granjeado um Prémio Nobel, nem seria reconhecidamente um cidadão da paz e para a paz.

Pena é que não existam muitos mais Mandelas espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Imagine-se o que não seria hoje Cuba se, em vez de um Fidel, tivesse tido um Mandela. Há quanto tempo aquela gente toda era feliz, livre e humanamente mais desenvolvida…

Nelson Mandela será para sempre um ícone da história e uma referência da luta pela liberdade.

O racismo que tanto abominou e que o perseguiu durante longos anos, ainda é, infelizmente, uma chaga do nosso tempo.

Urge erradicar este mal que continua a maltratar a humanidade, um mal que assume variadas formas e que é matizado por várias cores.

Ainda somos daqueles que acreditam que os bons acabarão por vencer os maus, mas para isso, a nossa luta tem de ser perene e estar agendada todos os dias. É este também o legado e o sentido da luta de Nelson Mandela: uma luta constante pela procura da paz, da liberdade e do respeito pelos direitos humanos.

Todos temos direito a um pedaço de felicidade e a uma mão cheia de liberdade.

É por isso que Nelson Mandela sempre foi e será para nós uma agradável história de vida, uma grande lição que não queremos nunca desaprender e a nossa fonte de inspiração para enfrentarmos com coragem as agruras da vida.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 11.09.10 às 12:46link do post | adicionar aos favoritos

 

Faz hoje nove anos que tiveram lugar na América os atentados do 11 de Setembro (9/11 na terminologia americana), um golpe baixo que consistiu, como todos infelizmente sabemos, no desvio de aviões comerciais por piratas do ar, tendo como objectivo fazê-los despenhar contra alvos previamente definidos e estratégicos, símbolos do poder americano no mundo, como o World Trade Center, o Pentágono e, especula-se, o Capitólio e a própria Casa Branca.

Como se sabe também, apenas o World Trade Center e o Pentágono foram atingidos.

Porém, o Voo 93 da United Airlines, desviado por quatro terroristas que o queriam transformar num míssil guiado para destruir o Capitólio ou a Casa Branca, levaria os seus quarenta bravos passageiros e tripulantes a impedirem que se atingisse o alvo.

Depois de tomarem conhecimento dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, um grupo de passageiros comuns decidiu lutar contra os terroristas.

A corajosa revolta acabou por levar à queda fatal do avião em Shanksville, nos campos da Pensilvânia, a apenas vinte minutos de voo de Washington.

Os atentados no seu conjunto provocaram a morte de milhares de pessoas, sobretudo no World Trade Center, cujas

Torres Gémeas viriam a desmoronar-se com a violência dos embates, arrastando consigo outros edifícios e tornando a zona num autêntico campo de batalha, num amontoado de destroços e numa sepultura de proporções descomunais para milhares de pessoas inocentes, que apenas “cometeram o erro” de estar no local errado à hora errada.

Recordamo-nos perfeitamente desse dia 11 de Setembro de 2001. As televisões interromperam a sua programação para dar conta do incidente.

Sim, incidente no singular, pois que as primeiras notícias surgiram como um aparente acidente que levaria um avião comercial a despenhar-se contra uma das Torres Gémeas do World Trade Center.

Com o passar dos minutos, um segundo avião (que se vê na foto) embatia na outra Torre Gémea, causando a perplexidade e a incompreensão dos americanos e do resto do mundo.

 

Agora, com dois aviões despenhados e, ainda por cima, estando nessa manhã de 11 de Setembro de 2001 um dia claro e soalheiro, sendo, por isso, injustificada a rota dos aviões em direcção ao World Trade Center, começou-se rapidamente a especular sobre um possível atentado terrorista. E as certezas vieram com o ataque ao Pentágono, o símbolo máximo da defesa norte-americana.

Agora, não estaríamos perante uma mera coincidência.

Entretanto, com as medidas prontamente adoptadas, entre as quais a de fechar o espaço aéreo e de mandar aterrar os milhares de aviões que ainda se encontravam no ar, apenas um, o Voo 93 da United Airlines, não acatou as ordens das autoridades americanas.

Seguido de perto por caças com ordens para abater o avião ao mínimo sinal de perigo (recorde-se que o Voo 93 estava a apenas vinte minutos de voo de Washington), foram, todavia, os corajosos passageiros e tripulantes, hoje heróis nacionais, que evitaram que o avião atingisse o alvo pretendido pelos terroristas e que a tragédia fosse ainda maior.

Pagaram, com esse seu gesto, um preço demasiado elevado – a própria vida –, mas a sua acção heróica irá perdurar na memória de milhões de pessoas por todo o mundo.   

 

Os ataques foram reivindicados pela célula terrorista da Al-Qaeda e pelo seu líder Osama Bin Laden.

Anti-americano, fanático religioso que vê no “orgulho americano” um perigo para o mundo, inimigo confesso do modus vivendi americano e do seu capitalismo indecoroso e brutal, para além de autor moral de outros atentados contra alvos estratégicos norte-americanos espalhados pelo mundo, Bin Laden, já o era, mas, após os atentados, passou a ser ainda mais o homem mais procurado do mundo, cuja captura é ponto de honra para os americanos e a certeza de que só assim honrarão os milhares de vítimas que ingloriamente pereceram naquele dia nos Estados Unidos.

Não temos dúvidas acerca da brutalidade destes atentados, nem duvidamos de que, a partir daquele dia, o mundo mudou radicalmente – podemos falar num mundo antes do dia 11 de Setembro e num mundo completamente diferente depois do dia 11 de Setembro, com toda a certeza mais instável, efectiva ou iminentemente em guerra permanente, desconfiado, confuso quanto aos valores que devem enobrecer as nações e as culturas, mas também os Homens, um mundo de fanatismos e saparatismos exacerbados, onde os ódios imperam na sua mais desastrada convicção, onde não há paz, nem solidariedade, nem respeito pelos direitos humanos, nem a defesa intransigente, descomplexada e desapaixonada dos mais caros valores da sociedade onde todos estamos inseridos…

O 11 de Setembro de 2001 tem de ter servido para alguma coisa… não pode ter sido em vão. Tem de haver uma lição a ser retirada por todos, e todos temos de nos impor aprender essa lição. Para que não voltem a acontecer mais 11 de Setembros.

A bem do mundo, mas sobretudo da humanidade.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 10.09.10 às 01:16link do post | adicionar aos favoritos

 

Recuperamos hoje aqui um pequeno excerto delicioso de um artigo de opinião de Clara Ferreira Alves publicado no “Expresso” há já algum tempo, para quem a justiça em Portugal não é apenas cega, mas também surda, muda, coxa e marreca.

 

Para a autora, “Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo «normal» e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada”.

 

E acrescenta que “nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado”, para além de que “tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país em que as coisas importantes são «abafadas», como se vivêssemos ainda em ditadura”.

Diz ainda que “apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade”.

Finalmente, Clara Ferreira Alves entende que “existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade”.

Por tudo isto, este é, na sua opinião, “o maior fracasso da democracia portuguesa”.

 

Diríamos que assim se fala em bom português.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 09.09.10 às 21:00link do post | adicionar aos favoritos

 

 

O polvo conseguiu finalmente dar um chuto em Queirós e afastá-lo do cargo de Seleccionador Nacional.

Era mais do que previsível face aos acontecimentos que rodearam todo este caso.

Só é pena que os principais tentáculos deste polvo, incluindo a sua cabeça, continuem nos lugares que ocupam e alegremente intocáveis.

É a podridão que envolve o futebol a vir mais uma vez à tona e a sujar a imagem do desporto em Portugal.

Para quando um saneamento sumário na Federação Portuguesa de Futebol?

Para quando banir do mundo do futebol português esta tralha suja e velha que já não serve para mais nada?

Até quando a política vai continuar a interferir no futebol?

Haja coragem ou alguém que tenha a iniciativa de pôr os pontos nos "is".


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 09.09.10 às 01:16link do post | adicionar aos favoritos

Balanced Scorecard - Resumo

 

Muitas vezes o insucesso de uma empresa está directamente relacionado com a deficiente implementação das estratégias.

Acontece que os nossos empresários definem, por vezes, as melhores estratégias para os seus negócios, mas elas não produzem os resultados esperados.

Tal sucede, porque os processos de implementação nem sempre são os melhores e os mais apropriados.

Se somarmos a isto a falta de qualificações, a impreparação ou, se quisermos, o desconhecimento que os quadros superiores das empresas e os seus dirigentes têm em matéria de gestão, temos alguns dos ingredientes principais para esse insucesso ou, se quisermos ir mais longe, para a falta de produtividade e competitividade com que estão confrontadas a generalidade das chamadas PME's em Portugal.

Robert Kaplan e David Norton, professores da Harvard Business School e estudiosos norte-americanos destas coisas da gestão, criaram uma ferramenta para auxiliar os gestores na definição e implementação das estratégias das suas empresas, a que deram o nome de Balanced Scorecard.

O documento acima é um resumo desta ferramenta de trabalho, que tem por objectivo ajudar a compreender este processo e a colocá-lo em prática.

Diz quem já o implementou, que os resultados foram surpreendentes, não só em termos de retorno dos lucros, como também, e sobretudo, em relação à satisfação dos clientes.

E claro que, como todos sabemos, clientes satisfeitos é sinónimo de mais vendas, e mais vendas significam melhores resultados económicos.

Se quiser aprofundar esta temática, basta pesquisar na net a palavra Balanced Scorecard e verá abrir-se-lhe um mundo de janelas de oportunidade. Já para não falar na imensa literatura que há a este respeito, não só em inglês, mas igualmente em português.

Nós começámos por aqui. Depois, foi só dar asas à curiosidade e à imaginação. 

 


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 08.09.10 às 23:56link do post | adicionar aos favoritos
 

 As imagens valem por mil palavras.

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 07.09.10 às 22:13link do post | adicionar aos favoritos

 

O neto e o avô...
Uma tarde um neto conversava com o seu avô sobre os acontecimentos actuais.
Então, de repente, o neto perguntou:

- Quantos anos tem, avô?

E o avô respondeu:

- Bem, deixa-me pensar um momento...

Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único canal e a preto e branco.
Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional.
Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins on-line.
Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e secar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha. O homem nem tinha chegado à lua.
A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família havia um pai e uma mãe.
"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam piercings.
Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Não havia computador, comunicávamos através de cartas, postais e telegramas.
Mails, chats e Messenger, não existiam. Computadores portáteis ou Internet nem em sonhos...
Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
As pessoas não eram medicadas, a menos que os médicos pedissem um exame de sangue.
Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
Ensinaram-nos a diferençar o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com pressa.
Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos.
Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livro de anotações.
"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas de filmar minúsculas de hoje...
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.
Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.
Cem escudos dizia-se: "cem reis".
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.

- Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?

- Meu Deus, Avô! Mais de 200! - disse o neto.

- Não, querido. Tenho 55!

 

 

Nota: esta linda história foi-nos facultada por um amigo do Facebook, Carlos Dias, que amavelmente nos permitiu partilhá-la com os leitores deste Blog. Caso já tenha “tropeçado” nela, então é sinal que merece deliciar-se duas vezes. Se é a primeira vez que a lê, então desfrute deste diálogo deliciosamente cativante.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 06.09.10 às 21:37link do post | adicionar aos favoritos

São três dos rostos mais importantes do futebol português e, porventura, os que mais mancham a nosso “desporto rei”.

Laurentino Dias, Secretário de Estado do Desporto, Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e Amândio de Carvalho, vice-presidente da FPF.

O “polvo” de que muito se tem falado nos últimos tempos, pode alegadamente passar por estas três personagens.

Não sabemos se encarnam todos a cabeça, até porque os polvos, em princípio, só têm uma, mas há-de haver alguns tentáculos que se ajustam a cada um deles.

A cada aparição pública do Secretário de Estado do Desporto fica mais visível o quanto a política interfere no futebol em Portugal.

Os mais recentes comentários de Laurentino Dias acerca do “Caso Queiroz” traz à luz do dia a falta de imparcialidade que graça na secretaria de estado do desporto, a que acresce, nomeadamente, as opiniões furtivas que produziu acerca do acórdão da Autoridade Antidopagem de Portugal, que suspendeu Carlos Queiroz por ter concluído que houve perturbação do controlo antidoping realizado no passado dia 16 de Maio, aquando do estágio da Selecção Nacional na Covilhã.

Esta decisão veio na sequência de o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ter ilibado Carlos Queiroz no âmbito do processo disciplinar que lhe foi instaurado.

Não satisfeita com a decisão, a Autoridade Antidopagem chamou a si a reapreciação do processo, acabando por produzir um acórdão que ia ao encontro de algumas vontades dominantes.

Entre essas vontades, encontra-se à cabeça a do Secretário de Estado do Desporto, que não se escusou de dizer publicamente que tinha seguido a par e passo o desenrolar do processo conduzido pela Autoridade Antidopagem e que a decisão proferida enquadrava-se dentro das suas expectativas.

Por outras palavras, Laurentino Dias veio dizer que conhecia de perto o desenrolar dos acontecimentos e que Carlos Queiroz foi bem punido.

Só faltou dizer, mas isso ficou implícito nas suas palavras, que o Seleccionador Nacional é indesejado e que tem de ser afastado o mais rapidamente possível.

Aliás, também Amândio de Carvalho já lhe expressou abertamente a sua antipatia, dizendo na cara de Queiroz que ele não era o seu treinador.

No meio de tudo isto está o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, cuja passividade larvar se confunde com incompetência e conivência em relação ao poder político e ao seu vice-presidente.

Muito bem esteve, assim, Ribeiro Cristóvão quando afirmou que a política precisa mais do futebol do que o futebol da política.

Definitivamente, existe em Portugal o terror das trevas no mundo do futebol.

Por nós, estes três senhores são dispensáveis e contribuem em larga dose para este mundo das trevas. Deveriam, portanto, demitir-se ou serem demitidos.

Pela clarificação e pela “verdade desportiva”.


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