Apesar dos dias soalheiros que temos tido nos últimos dias, com temperaturas amenas para a época, a verdade é que, principalmente de manhã, ao final da tarde e à noite, as temperaturas baixam consideravelmente, o que nos convida a vestir um agasalho e a procurar ambientes mais resguardados.
No que ao ensino diz respeito, registamos com agrado que, felizmente, muitas escolas do nosso concelho já estão apetrechadas com modernos equipamentos de aquecimento, que permitem à comunidade escolar que delas dependem – professores, alunos, auxiliares, etc. – usufruir de um ambiente acolhedor e reconfortante, o que só ajuda à aprendizagem dos alunos e à motivação de todos os profissionais que ali exercem as suas actividades.
Outras escolas, porém, não têm a mesma sorte, têm sido esquecidas por quem tem responsabilidades nesta matéria e não dispõem dos recursos necessários e eficazes para proporcionar salas igualmente acolhedoras e reconfortantes. E, quando assim é, torna-se evidente que não se consegue tirar o máximo rendimento das pessoas.
Existem até escolas que dispõem de lareira, mas, surpreendentemente, falta a lenha para lá pôr!
Num concelho onde predomina a floresta, e da qual tanto se fala, é lamentável que, a esta altura do campeonato (leia-se do decurso do ano escolar – já estamos quase em Novembro!), as entidades responsáveis pelo fornecimento de lenha às escolas e jardins de infância ainda andem a organizar-se para prover esta lacuna.
Enquanto isso, meninos e meninas, professores, educadores, auxiliares de educação, entre outros, já andam a rapar frio nas escolas porque falta o aquecimento, seja combustível, seja uns míseros troncos de lenha.
O engraçado (sem ter graça nenhuma) é que, dizem as “más-línguas”, no tempo da “outra senhora”, bastava telefonar para a Câmara e no outro dia a lenha aparecia nas escolas.
Claro que, quando temos o cuzinho quentinho nos nossos confortáveis gabinetes, temos propensão a esquecer que existem outros lá fora a ranger os dentes e a tilintar de frio.
Por isso, fazemos daqui em apelo veemente à Câmara Municipal de Ourém para que, em vez de se preocupar com tanto folclore e com tantas festas, preocupe-se mais com o aquecimento das (nossas) suas crianças!
Queremos lenha… já!