Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 30.11.10 às 19:04link do post | adicionar aos favoritos

Um amigo do Facebook disponibilizava há dias esta foto, a qual tomámos a liberdade de a publicar neste espaço.

Foi tirada ao pôr-do-sol, num deserto, exactamente na vertical.

Foi considerada uma das melhores fotos de 2005.

O preto são as sombras. Os camelos são as pequenas linhas brancas!

Cabe a cada um dos leitores formular a sua opinião, mas, quanto a nós, não temos dúvidas de que é uma foto “assustadoramente” bela.

 

Foto de George Steinmetz, fotógrafo da National Geographic (usando um parapente).


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 27.11.10 às 02:06link do post | adicionar aos favoritos

 

O Jornal “O Mirante” deu-nos conta, no passado dia 20 de Novembro, de uma notícia fabulosa: segundo o jornal, a Câmara Municipal de Ourém vai gastar este ano 105.690 euros em animação de Natal.

Ora aí está, tesos que nem um carapau, mas sempre em festa!

A aposta vai para a animação das cidades de Ourém e Fátima, na qual se integra o projecto “Fátima Cidade Natal”, e que visa dinamizar o comércio local.

Desde concertos e teatro, passando por exposições e árvores de Natal gigantes, até às pistas de gelo, vamos ter de tudo um pouco, à grande e à francesa.

Na sede do concelho, os oureenses poderão patinar no gelo e admirar as luzes de Natal, aquelas que no ano passado ficaram na gaveta por estarmos numa conjuntura de crise e com um passivo na edilidade de mais de 50 milhões de euros.

Este ano, como a crise já passou, toca de pôr mãos à obra e dar à população uma mão cheia de alegria e festa.

Quer-nos parecer que, qualquer dia e por este andar, para além do “Paulinho das Feiras”, vamos ter também o “Paulinho das Festas”.

Para uma Câmara com a corda na garganta e endividada até à medula, convenhamos que são festas e folclore a mais.

Ainda nem sabemos quem foram os angélicos patrocinadores misteriosos das festas da cidade (e quanto ao relatório, nem vê-lo), e aqui vai mais uma para a prateleira dos troféus.

O que interessa é manter o povo distraído, dar-lhe música, fogo-de-artifício e comes e bebes. O resto, logo se vê, amanhã é outro dia…

 

Esta aposta forte na animação de Natal é um investimento, afirmou Nazareno do Carmo, o vereador socialista com o pelouro de Fátima. E acrescenta esta ideia peregrina: “Pode não trazer muita gente [a Fátima, segundo depreendemos], mas o que está em causa são os interesses dos comerciantes”.

Ora, claro está, pode não haver clientes, mas os comerciantes também têm o direito de patinar no gelo e deliciar-se com a iluminação de Natal. Mesmo que não vendam nada…

Pela nossa parte, deixamos mais uma sugestão à Câmara de Ourém: já temos saudades daquele sistema sonoro que era colocado nas principais artérias da cidade a passar melodias de Natal. E se a Câmara recuperasse esta aconchegante ideia? Mais ainda: a vereação, dirigentes de empresas municipais, boys e afins podiam gravar uma música para animar os oureenses enquanto estes fazem as suas compras de Natal. A letra podia começar assim: “É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem. É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem...”.    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 26.11.10 às 23:49link do post | adicionar aos favoritos

 

 

Só uma hecatombe eleitoral poderá não dar a vitória de Cavaco Silva nas próximas eleições presidenciais.

Quer Eanes, quer Soares, quer Sampaio foram eleitos para um segundo mandato, por isso nada faz antever que com Cavaco as coisas sejam diferentes.

Todas as sondagens dão, aliás, a vitória mais que certa ao actual presidente, conseguindo mesmo a maioria absoluta logo na primeira volta.

Manuel Alegre, por seu lado, arrisca-se até a obter um resultado menos expressivo do que aquele que granjeou nas últimas eleições (2006), muito por força do facto de ter tido à cabeça o apoio do Bloco de Esquerda e, só mais tarde, do próprio Partido Socialista, que o teve de “engolir” amargamente para desgosto de algumas alas socialistas.

Esse é, precisamente, um dos dilemas de Alegre: ao não querer desiludir bloquistas e socialistas, só lhe resta o silêncio, um sacrifício que não lhe está no sangue e que o leva a contradizer uma das suas expressões mais emblemáticas: “a mim, ninguém me cala”.

Este amargo de boca que José Sócrates impôs ao seu partido podia muito bem parecer-se com aquela famosa tomada de posição do Partido Comunista na segunda volta das eleições presidenciais de 1986, quando aconselhou os seus camaradas a engolir um sapo e a votar em Mário Soares, tampando para o efeito a sua foto no boletim de voto, para evitar que o candidato da direita, Freitas do Amaral, fosse eleito para Belém.

 

A fórmula deu os seus frutos, e Soares lá ganhou as eleições.

Ora, também agora o primeiro-ministro podia aconselhar os seus correligionários a proceder do mesmo modo, tapando a foto e votando maciçamente em Manuel Alegre. Mais sapo, menos sapo.

No entanto, os tempos são outros. Por maior que seja o sapo a engolir, ele nunca será tão grande quanto o resultado de Cavaco Silva nas próximas eleições.

Quer queiram ou não, os portugueses, nos próximos cinco anos, irão continuar a ter no Palácio de Belém alguém que fala pouco, que nunca se engana e raramente tem dúvidas, uma pessoa que gosta de fazer férias cá dentro e que é um fiel e fervoroso consumidor de Bolo-Rei… haja é dinheiro para o comprar!


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 25.11.10 às 23:06link do post | adicionar aos favoritos

 

A escassos dias da passagem do trigésimo aniversário sobre a morte de Francisco Sá Carneiro, naquele trágico dia 4 de Dezembro de 1980, que deixaria o país órfão de uma das figuras mais carismáticas e emblemáticas da História política portuguesa da segunda metade do Século XX, não podíamos deixar de antever e de nos associar à efeméride, trazendo a este Blog um texto que, apesar de não fazer directamente referência a uma retrospectiva do homem político, procura ainda assim perscrutar aquele que foi, sem qualquer sombra de dúvidas, o grande amor de Francisco Sá Carneiro: Snu Abecassis. 

O texto abaixo, ligeiramente adaptado, reproduz um trabalho de Sofia Rato, publicado em 2003 no Correio da Manhã, e que nos dá uma outra perspectiva da jornalista e da mulher que conquistou o coração de Sá Carneiro.

 

 

«Quem era a “princesa da Dinamarca” que conquistou Sá Carneiro? Após a recusa da Dom Quixote – editora que Snu fundou – em publicar a sua biografia, a Quetzal avançou. E deixa pistas sobre a mulher que desafiou o País.

Dinamarca, 1940. A 7 de Outubro, a segunda filha do jornalista Erik Seidenfaden e de Jytte Merete (mais tarde Bonnier), também ela jornalista e editora, veio ao mundo e foi baptizada como Ebbe Merete Seidenfaden, em homenagem à avó materna. Ainda pequena, mudou-se para a Suécia e na adolescência, adoptou o diminutivo “Snu”. Aos 16 anos, partiu para Inglaterra, onde conheceu Vasco Abecassis, um “judeu português”. Tornaram-se inseparáveis. Ele seguiu para Harvard e ela rumou até Boston. Aos 18 anos, Snu casou na Suécia com o português.

Lisboa, 1962. Snu e Vasco Abecassis assentavam arraiais em Lisboa. Pela quarta vez, ela chega a um país estrangeiro para aí residir. Ele é convidado para a guerra (Guiné), mas, antes de partir, o casal decide abrir uma editora e designa-a de “Dom Quixote”.

Sozinha em Lisboa, Snu dedica-se de alma e coração à sua editora, publicando livros nem sempre recomendáveis aos olhos atentos do Estado Novo. Ela era obstinada e persistente. Por isso, ninguém da sua família estranhou quando soube que a Polícia visitava regularmente a editora para apreender livros ou para lhe fazer perguntas.

Snu e Vasco Abecassis tiveram três filhos: Mikaela, Ricardo e Rebeca – esta última, tal como os avós maternos, é jornalista. O casal separou-se. Há muito que ela queria sair de casa. O casamento já não existia verdadeiramente, ele continuava a não acreditar que as pessoas podiam ser melhores do que a sociedade, enquanto ela continuava a acreditar que o eram, e essa era uma crença vital à sua sobrevivência.

6 de Janeiro de 1976. Snu e Francisco Sá Carneiro conhecem-se num almoço organizado por Natália Correia, no restaurante lisboeta “A Varanda do Chanceler”. Até então, tinham falado ao telefone algumas vezes, mas nunca se tinham cruzado. Foi, na verdade, o primeiro dia do resto das vidas deles.

Aliás, quando Sá Carneiro perguntou à poetisa como era Snu, a resposta foi implacável: “É uma princesa nórdica num esfique de gelo à espera que venha um príncipe encantado dar-lhe o beijo de fogo. E esse príncipe é você. Porque ela é a mulher da sua vida”.

A partir desse almoço, Sá Carneiro e Snu não se largaram mais de vista. Ele passou a visitá-la com frequência na Dom Quixote. Ao final da tarde, bebiam chá e conversavam. Apaixonaram-se perdidamente.

Isabel, mulher de Francisco e mãe dos seus cinco filhos, não lhe quis dar o divórcio. Mais tarde, a “legítima” explicou os porquês desta recusa (em “A Solidão e Poder”, da jornalista Maria João Avillez): “Foi o homem de quem gostei, o pai dos meus filhos. Não é fácil viver com ele, é um facto. Mas era muito mais difícil viver sem ele”.

No entanto, a verdade é que quando Sá Carneiro se perdeu de amores por Snu, vivia sozinho na Capital, enquanto Isabel residia no Porto com os filhos. “Ele tinha saído de casa há muito tempo, morava sozinho em Lisboa havia anos”. 

Alheios às críticas, Snu e Francisco começam a viver juntos. Ele tornara-se na sua grande aposta. Tornara-se naquilo que ela estava em vias de criar. Ela sabia que ele tinha as qualidades necessárias ao político que colocaria Portugal num lugar seguro entre os Estados modernos da Europa. Aos olhos da sociedade, e em especial da classe política, esta relação “clandestina” era incómoda. Foi ele que se mudou para casa dela e dos filhos. Francisco queria que ela o acompanhasse para todo o lado.

Em 1977 Sá Carneiro afirmou: “Se a situação for considerada incompatível com as minhas funções, escolherei a mulher que amo”. Dois anos depois, o fundador do Partido Social Democrata tornou-se primeiro-ministro. Tê-lo-ia conseguido sozinho ou deveu-o a ela?

Reza a história que em 1980, na recepção oficial ao presidente norte-americano Jimmy Carter, e perante a eventual presença de Snu, Manuela Eanes, estão primeira-dama do País, terá dito: “Se ela for, e não vou”.

“Ela” era Snu Abecassis, uma mulher que desafiou as leis do Estado Novo, que se separou do marido (do qual permaneceu amiga) e que “ousou” viver em união de facto com o amor da sua vida.

E, assim, contra tudo e contra todos, a mulher que veio do frio e o primeiro-ministro de Portugal protagonizaram um romance intenso durante quase cinco anos. O que começou num almoço a 6 de Janeiro de 1976, terminou, tragicamente, a 4 de Dezembro de 1980, quando o casal perdeu a vida em Camarate. Na noite anterior, Snu ligou à mãe a dizer-lhe: “Vamos num avião de carreira – não é perigoso”.

Se Francisco Sá Carneiro e Ebbe Merete Seidenfaden se tivessem conhecido e casado pela igreja ouviriam as palavras: “Não separe o homem o que Deus uniu (…) juntos, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe”.

Não puderam casar, mas, no final, nada conseguiu separá-los. Nem mesmo a morte».

 

Memórias de Mãe:

Porque escreve uma mãe sobre a sua filha morta? O que mais pode uma mãe fazer do que escrever sobre a filha que morreu? As minhas linhas sobre a Snu são a minha maneira de a deixar viver mais tempo, e tentar sobreviver ao facto de ela ter morrido tão prematuramente”.

 

Jytte Bonnier, Suécia, 1986


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 24.11.10 às 21:31link do post | adicionar aos favoritos

Como se não bastassem os procedimentos complicados e esquisitos que agora são utilizados para a distribuição de lenha às Escolas e Jardins de Infância do nosso concelho, surge agora uma nova moda, que é a utilização de registos fotográficos para se ficar com a certeza da quantidade de lenha que é distribuída e que a mesma não arde antes de tempo.

Se calhar as entidades competentes do nosso município têm receio que os seus alunos, na falta de uma bucha para aconchegar o estômago a meio da manhã ou da tarde, e tendo em conta a crise que graça por aí, comecem agora a digerir troncos de lenha para matar a fome, ou então que alguém comece a surripiar a lenha e a leve para casa no bolso.

De facto, os tempos são mesmo de crise…

Resta saber se é a lenha que está mesmo em crise por estas bandas, ou se é a escassa competência e o minúsculo cérebro das pessoas que está cada vez mais a minguar com o tempo.

Andarão as pessoas responsáveis por esta área a ver os outros à sua própria imagem e semelhança?    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 20.11.10 às 17:45link do post | adicionar aos favoritos

Para os aficcionados da BD, aqui fica a sugestão de Corto Maltese, a célebre personagem criada por Hugo Pratt.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 20.11.10 às 00:36link do post | adicionar aos favoritos

O Secretário-Geral da NATO, Anders Rasmussen, exibe o novo Conceito Estratégico da Aliança Atlântica, assinado em Lisboa no dia 19 de Novembro de 2010.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 19.11.10 às 23:58link do post | adicionar aos favoritos

 

É quase impossível não dar pela Cimeira da NATO que decorre hoje e amanhã em Lisboa, uma reunião que junta em Portugal a nata das potências mundiais e respectivos líderes, a começar desde logo pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

E dizemos quase impossível porque, pelas curtas entrevistas de rua a que fomos assistindo pela televisão ao longo dos últimos dias, ainda há portugueses que não fazem a mínima ideia do que está a acontecer no país, apesar de nos últimos tempos não se falar de outra coisa e de o território nacional, mas sobretudo Lisboa, estar em estado de alerta vermelho no que diz respeito à segurança.

Sem querermos dissecar aqui ao pormenor o que é a NATO, e muito menos fazer uma resenha histórica aperfeiçoada desta organização internacional, é importante, todavia, dizer de modo “simplista” que a NATO, ou OTAN (em português), é o acrónimo para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança de países que trabalham juntos para promover e implementar precisamente este tratado.

Fundada em 1949, a NATO teve como países signatários originais a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, a França, a Islândia, a Itália, o Luxemburgo, a Holanda, a Noruega, Portugal, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.

Em 1952, juntaram-se à NATO a Grécia e a Turquia e, em 1955, a Alemanha Ocidental (RFA), o que desencadeou a assinatura do Chamado Pacto de Varsóvia (também em 1955), uma aliança militar para fazer o contraponto com a NATO e que era constituída pelo bloco dos países do leste europeu e pela União Soviética, nos quais esta instituiu governos socialistas logo após a Segunda Guerra Mundial: União Soviética, Albânia, Bulgária, Checoslováquia, Alemanha Oriental (RDA), Hungria, Polónia e Roménia.

Em 1982, é a vez da Espanha juntar-se à NATO e, em 1999, a Polónia, a República Checa e a Hungria.

 

O Tratado do Atlântico Norte foi escrito e assinado em 1949, e surgiu do facto de a União Soviética ter adquirido uma força crescente após a Segunda Guerra Mundial.

Após o termo da Segunda Grande Guerra (1945), a União Soviética surge auspiciosa sob a bandeira do comunismo, reforçando os seus exércitos.

Na mesma altura, a Europa, devastada pela guerra, encontrava-se exausta e fraca. Foi, então, que os EUA desenharam e implementaram na Europa o chamado Plano Marshall, em 1948, com o objectivo de ajudar a reconstruir o Velho Continente.

Não obstante esta ajuda preciosa, cedo os EUA perceberam que a Europa sozinha não conseguiria lutar contra o poderio soviético, pelo que, juntamente com o Canadá, engendraram um plano estratégico de defesa comum que conglomerasse a força necessária para agir contra qualquer ataque perpetrado pela União Soviética.

Nascia, assim, a NATO, cujo Tratado foi escrito justamente para unir os EUA, o Canadá e os signatários europeus para o caso de os soviéticos atacarem qualquer um destes países.

Actualmente, porém, as ameaças de ataques contra os países-membros da NATO já não se vislumbram tanto surgirem da actual Rússia, mas de outros territórios mais problemáticos, como o Irão, o Afeganistão ou o Paquistão, onde a instabilidade política, militar ou os movimentos fundamentalistas radicais (de que os Talibãs e a Al-Qaeda são apenas dois dos exemplos) constituem barris de pólvora prontos para explodir a qualquer momento.

 

De qualquer forma, e sem prejuízo do novo conceito estratégico do Tratado do Atlântico Norte que sair da Cimeira de Lisboa, o cerne continua a ser o seu artigo 5º, o qual prevê que, em caso de ataque a algum dos estados-membros, todos os outros respondem a esse ataque juntos.

Grosso modo, o actual artigo 5º dispõe o seguinte: “As Partes acordam que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte, será considerado um ataque a todas e, consequentemente, concordam que, se houver um ataque armando, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, reconhecido pelo artigo 51º da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à parte ou Partes atacadas, praticando, imediata e individualmente, e de acordo com as partes restantes, a acção que considerar necessária, incluindo o uso da força armada, para restabelecer e manter a segurança na região do Atlântico Norte”.

Actualmente, a NATO é constituída por 28 países-membros: para além dos 19 já apontados acima, fazem ainda parte a Albânia, a Bulgária, a Croácia, a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Roménia, a Eslováquia e a Eslovénia.

Para saber mais sobre as autoridades e os representantes que participam nas tomadas de decisão da NATO, ver aqui.

Cumpre-nos acrescentar que a NATO detém uma variedade de bases, aeródromos e sistemas de mísseis na Europa para responder em caso de ataque (Oeiras, por exemplo, alberga um comando de componente naval da Aliança Atlântica).

A nível militar, as forças da NATO são compostas por uma guarnição de todos os países-membros, cuja supervisão está a cabo de um Comandante Supremo Aliado (pesquisar aqui).  

 

Desde 1 de Agosto de 2009, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen desempenha as funções de secretário-geral da organização.

Finalmente, a NATO traz à Cimeira de Lisboa uma agenda ambiciosa, donde se destacam quatro pontos essenciais: a formalização de um novo conceito estratégico para a Aliança Atlântica (o seu papel no mundo actual, tal como hoje o conhecemos), a aproximação à Rússia (recorde-se a história do Pacto de Varsóvia de que demos conta acima), a questão do escudo antimíssil europeu que tem criado algumas reservas justamente à Rússia, e que será amanhã o tema forte do encontro entre norte-americanos e russos e, finalmente, a questão da transição no Afeganistão, com a retirada gradual (2011-2014) das tropas aliadas do território.

Podemos dizer que a NATO é hoje, tal como esta Cimeira de Lisboa o faz antever, uma organização que procura redefinir o seu papel não só na Europa, mas também no mundo, em ordem a salvaguardar a Paz e a segurança internacionais.

O seu papel “ofensivo” em vez de “defensivo” tem levado a que a Aliança Atlântica seja amada por uns e odiada por outros. Há até quem lhe sentencie, senão a extinção imediata, pelo menos uma morte a prazo ou anunciada.

Quem viver verá!          

 

(Mais notícias sobre a NATO, ver aqui)


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 19.11.10 às 21:21link do post | adicionar aos favoritos

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 18.11.10 às 21:59link do post | adicionar aos favoritos

 

 

Já se sabia que o novo edifício da Câmara Municipal de Ourém (CMO), apesar de ter uma arquitectura moderna e atraente, ficou aquém das necessidades da autarquia.

Parece anedota que uma obra feita de raiz, e com custos muito significativos, não possa albergar todos os serviços camarários de forma condigna, mormente a realização das reuniões da Assembleia Municipal que, a braços com a reduzida dimensão da sala que ali foi criada, tem de andar a saltitar de espaço em espaço à procura daquele que mais se adequa ao momento.

Quanta incompetência para não se ver que a obra era pequena e que não cabia lá tudo… Só mesmo alguém com vistas curtas para não se aperceber do erro logo no papel!

E era esta a terra de novos horizontes que nos haviam prometido… Talvez, quiçá, fosse antes a terra dos pequeninos, com manias de sabichões, mas inexoravelmente trapalhões.

Agora, a CMO, numa tentativa de salvar a honra do convento, tornou pública a sua velha pretensão de dinamizar o antigo edifício dos Paços do Concelho, hoje transformado em albergue temporário (do Agrupamento de Escolas, do Lions Clube, etc.).

Segundo o presidente da Câmara, o projecto prevê a construção, no piso térreo, de um auditório, onde deverá funcionar a Assembleia Municipal, e de um Salão Nobre.

No piso superior, o espaço vai ser remodelado para ali poderem funcionar os gabinetes da presidência, dos vereadores e respectivas assessorias.

 

Como diz o próprio presidente, os centros de decisão da edilidade vão regressar às origens, que é como quem diz, vão passar do novo para o velho edifício.

Esta brincadeira, que irá custar quase 900.000 euros ao erário público (embora se fale que o projecto será candidato a fundos comunitários), prevê ainda outras benfeitorias, como a colocação de um elevador para pessoas com dificuldades motoras e a construção de uma passagem aérea envidraçada, ao nível do primeiro andar, que irá ligar a Câmara antiga à Câmara nova, ou vice-versa, uma espécie de cordão umbilical entre o passado e o presente, um corredor de modernidade para tornar ainda mais vivos na memória dos oureenses os atentados terroristas que têm desde há muito alvoraçado a nossa terra.

Não fosse a burrice e a estupidez dos anteriores executivos e talvez estivéssemos hoje a falar, não de 900.000 euros, mas de uma soma substancialmente menor.

De qualquer forma, espera-se que a gestão socialista não faça erguer novos corredores aéreos pela cidade, pelo menos como tapa buracos como o que agora se propõe construir, e não surpreenda a população com uma destas obras modernaças a ligar a Câmara antiga ao Cinema, ou a recuperar a velha ideia megalómana e visionária de David Catarino, construindo um agradável teleférico para ligar os gabinetes da presidência e da vereação directamente ao Santuário de Fátima, com escala na Ucharia do Conde.

Valha-nos o Santíssimo Sacramento.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 16.11.10 às 22:13link do post | adicionar aos favoritos

 

A Casa Real Britânica informou hoje que o Príncipe William, o filho mais velho do Príncipe Carlos e da Princesa Diana, e a sua namorada, Kate Middleton, estão noivos.

Segundo a Clarence House, a residência oficial do Príncipe Carlos, William e Miss Catherine Middleton formalizaram o noivado no passado mês de Outubro, quando os dois se deslocaram ao Quénia para umas merecidas férias.

Sem perder tempo e, conforme justificou, para que a sua mãe, a falecida Princesa Diana, também pudesse estar “presente” neste momento carregado de romantismo e simbologia, o príncipe William ofereceu à sua noiva o mesmo anel que Diana usou quando foi anunciado o seu noivado com o Príncipe Carlos.

William e Kate têm 28 anos de idade, conheceram-se há cerca de oito anos quando frequentavam a Universidade de St. Andrews, na Escócia, e desde então para cá têm vindo a viver um intenso amor.

 

O casamento real deverá ocorrer na Primavera ou Verão do próximo ano, em Londres, e já conta com o “selo de simpatia” de Sua Majestade a Rainha Isabel II, avó do Príncipe William.

Quem também está com um sorriso de orelha a orelha são os pais dos noivos: o Príncipe Carlos, que não escondeu o seu entusiasmo com o anúncio do noivado do filho, e o pai da noiva que, apesar de milionário, já esfrega as mãos de contente por poder vir a ser o pai da futura Rainha de Inglaterra.

Entretanto, registamos com agrado o facto de a Família Real Britânica ter dado o seu aval a este noivado, tanto mais que Kate Middleton é uma plebeia, o que já não era visto por aquelas bandas há mais de 300 anos.

Tal facto mostra uma louvável abertura da Casa Real aos novos tempos e a atenuação das regras de protocolo que têm caracterizado os usos e costumes da Coroa Britânica há longos anos.   


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 16.11.10 às 19:42link do post | adicionar aos favoritos

Todos os opressores atribuem a frustração dos seus desejos à falta de rigor suficiente. Por isso, eles redobram os esforços da sua impotente crueldade” – Edmund Burke

(Edmund Burke foi um filósofo e político anglo-irlandês. Nasceu em Dublin a 12 de Janeiro de 1729 e faleceu em Beaconsfield a 9 de Julho de 1797).

Nem sempre o que escrevemos neste Blog agrada a todos, mas também não é essa a nossa intenção, não queremos agradar a “gregos e a troianos” nem fazer das nossas ideias uma bandeira de verdades absolutas ou irrefutáveis.

Limitamo-nos a perscrutar a realidade e a relacioná-la com os princípios que defendemos, com a nossa visão das coisas e com o desejo de partilhar os nossos pontos de vista com todas aquelas pessoas que nos queiram presentear com as suas visitas.

Também não servimos para desempenhar o amargo papel de bodes expiatórios de situações alegadamente pecaminosas, que transcendem o modesto tabuleiro da vida em que nos movemos, e em relação às quais, se for caso disso, a justiça dos homens há-de dar a resposta conveniente e adequada.

Sabemos perfeitamente que a nossa liberdade (de expressão ou qualquer outra) termina onde começa a liberdade dos outros. Essa fronteira ténue é, por vezes, difícil de descortinar, mas essa dificuldade não pode servir de pretexto para que nos esqueçamos de assumir as nossas próprias responsabilidades.

O “Portugal Amordaçado” de que nos falou Mário Soares, terminou – felizmente – com o 25 de Abril de 1974.

Estivemos demasiado tempo privados da nossa plena liberdade de expressão. Foram tempos difíceis, com uma censura pesada e implacável.

As perseguições e a prisão de quem pensava e tinha ideias foram uma constante, uma realidade bem presente em muitos lares portugueses.

Mas, os tempos actuais são outros. Vivemos numa democracia que vai evoluindo e, apesar de tudo, dando mostras que vai amadurecendo à medida que os anos passam.

Porém, às vezes, ainda somos confrontados com situações que nos catapultam para o passado recente, aquele que perseguia as pessoas só porque não concordavam com os ditames do líder ou com as ideias oficiais do Estado – essas ideias que eram impostas de cima para baixo e que não encontravam a mínima correspondência com a realidade.

Já vai sendo tempo de pormos de lado estes anacronismos do passado, e de percebermos que o mundo mudou e está em constante evolução. Até mesmo (ou sobretudo) as mentalidades…

O país e o mundo que hoje se nos oferecem já não toleram mais tentativas de silenciamento da expressão humana, seja qual for a forma que ela assuma. A chantagem (ou a ameaça) pelo medo também constitui um meio abominável de se atingir um determinado fim.

As pessoas não podem ser privadas de um bem que lhes é inato – a palavra – e não devem ser submetidas ao jogo deplorável do conformismo ou da mera aceitação daquilo que lhes é imposto. Como se as pessoas fossem puros seres irracionais, que se limitam a obedecer ou a abanar a cabeça em sinal de aprovação.

Não, somos seres racionais e com uma estrutura complexa de sentimentos e emoções. Se existimos, logo pensamos e, se pensamos, temos ideias e temos de as expressar.

Onde termina a liberdade dos outros, começa a nossa liberdade de dizer o que pensamos e de extravasarmos essas opiniões.

Quando assim não é, então é sinal que algo de grave se passa e é preciso ficarmos alerta…

Pela nossa parte, mais do que ficar alerta, não desperdiçaremos uma oportunidade para denunciar, mas também para repudiar qualquer tentativa de silenciamento ou opressão.

É este o nosso dever enquanto cidadãos de um país livre e democrático como aquele em que vivemos – Portugal.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 15.11.10 às 18:22link do post | adicionar aos favoritos

 

1. Os cidadãos do concelho de Ourém têm agora mais uma ferramenta online à disposição, através da qual podem reportar às entidades competentes uma diversidade de ocorrências ao nível do espaço público, como seja o estado da iluminação, dos jardins, a existência de veículos abandonados ou o alerta para a recolha de electrodomésticos ou outros aparelhos usados.

Denominado “A Minha Rua”, os internautas podem aceder ao Portal do Cidadão e utilizar o formulário que aí é disponibilizado para reportarem a sua ocorrência.

Para isso, basta seleccionar o distrito, depois o município e, por fim, a freguesia correspondente.

Os utilizadores têm ainda a possibilidade de visualizar uma selecção das últimas ocorrências reportadas.

Depois, é só esperar que a autarquia lhe dê conhecimento sobre o andamento do processo e eventual resolução do problema.

Trata-se, de facto, de uma boa ferramenta, mas que precisa de uma especial atenção e de uma resposta em tempo útil das entidades competentes para se tornar verdadeiramente eficaz.

Pela nossa parte, podemos comprovar que o feedback é para já muito satisfatório: reportámos uma ocorrência no dia 11-11-2010, e logo no dia seguinte tínhamos dois emails a informar-nos do andamento do processo.

 

2. Um leitor deste Blog forneceu-nos amavelmente o documento que a foto retrata (Portugal 1895), através do qual ficamos a saber que, pelo último recenseamento, a população de Portugal Continental é de 4.708.478 habitantes (embora o número de habitantes não seja coincidente, estamos em crer que se trata do III Recenseamento Geral da População, de 1890 – reinado de D. Carlos I).

Curiosamente, e numa altura em que a necessidade de consolidar as contas públicas anda ao rubro, podemos observar que os encargos da dívida pública já representavam naquele período 4$785 réis por ano pagos por cada habitante, ou seja, mais do que pagavam os italianos, espanhóis, norte-americanos ou suecos.

O documento acrescenta que tal encargo respeita à espantosa dívida que a monarquia arranjou com as suas dissipações (desperdícios, esbanjamento), ao mesmo tempo que o cidadão da república suíça paga apenas $448 réis por ano para os encargos da dívida pública!

A notícia termina com uma actualizadíssima expressão: “E digam depois que não somos um paiz desgraçado!”.

A triste conclusão a que chegamos é que, ao nível das contas públicas, temos realmente sido sempre uns grandes desgraçados.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 13.11.10 às 01:49link do post | adicionar aos favoritos

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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 11.11.10 às 00:15link do post | adicionar aos favoritos

 

 


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