António Pestana a 5 de Agosto de 2010 às 11:54
O botabaixismo bacoco é uma forma que os pobres de espírito encontraram para masturbar o seu ego deplorável...
Caro leitor,
Obrigado pelos seus comentários.
A reflexão é isto mesmo, expressarmos as nossas opiniões e pontos de vista.
E que tal haver um governo que reformulasse até à raiz e até às últimas consequências a educação deste país?
Achamos que tudo isto, todas estas trapalhadas são a consequência de um problema mais fundo e estruturante da sociedade portuguesa: o problema da educação.
Fruto de um péssimo sistema de ensino, temos vindo ao longo das últimas décadas a formar especialistas em quê?
Meninos que batem nos professores?
Gente corrupta e corruptível?
Cursos de lápis e papel que não se enquadram nas nossas reais necessidades?
Sindicatos (imprescindíveis, é certo), mas que estão sempre contra tudo e contra todos, funcionando as mais das vezes como "forças de bloqueio", como alguém já lhes chamou?
Claro que há sempre as excepções à regra e, essas, felizmente, pensamos que são a maioria.
Mas, no pós-25 de Abril o que fizemos pela educação deste país?
Nada ou quase nada...
É que uma reforma a sério da educação não se faz em 4, nem em 8, nem em 12 anos - dura décadas, e isso, não tem interessado aos sucessivos governos que fomos tendo entretanto.
Isso não dá votos, e os senhores que nos têm governado querem é conquistar e manter o poder a qualquer preço e a qualquer custo.
Querem lá saber em alterar o "status quo" - quanto menos se fizer, quanto menos ondas se criarem melhor.
Veja o que sucedeu quando o anterior governo quis avaliar o desempenho dos professores...
E onde está agora a avaliação dos docentes?
Mas alguém, de perfeita e sã consciência, pode pôr em causa que os professores sejam avaliados?
Em todas as profissões as pessoas são avaliadas... Todos nós, desde que nascemos estamos a ser avaliados: na escola, na universidade, quando tiramos a carta de condução, no emprego... e então os professores, são alguma corporação à parte?
Estimado leitor: se fôssemos governo, a pasta da educação seria a primeira a ser aberta, na medida em que "é de pequenino que se torce o pepino"!
Com respeito e amizade,
João Pereira e Friends
António Pestana a 6 de Agosto de 2010 às 22:26
Mais do que mudar a educação,o país precisa sobretudo de recuperar uma consciência nacional há muito perdida e que foi substituida pelo egoismo.
Não vejo o que precise ser mudado de raiz na educação!
Em vez de alunos que batem nos professores,regressar aos alunos que levavam porrada dos professores e faziam ofertas para passar de ano,ou progredir para os alunos que dão tiros nos professores quando chumbam ,como nos USA?
Embora não envolvesse montantes tão altos porque não havia tanto dinheiro a circular,a corrupção também já esteve mais generalizada .Antes de 74 os meninos ricos estavam dispensados da guerra colonial,os funcionários corruptos na generalidade,quando agora são excepção.
A disponibilidade dos cursos não deve ter apenas como objectivo colmatar as necessidades nacionais,mas também o mercado global,nomeadamente os PALOP.
Não, caro António Pestana, nem a 8 nem a 80, ou seja, não defendemos meninos que batem nos professores nem professores que batem nos meninos.
Não acha que esse problema nacional de falta de consciência, motivado pelo egoísmo, é fruto precisamente de uma educação de má qualidade que tem formado, não raras vezes, gente medíocre, sem valores de referência, egoístas, desprovidas de sentido de solidariedade social...?
Temos bons e excelentes professores, é verdade, mas será que não existem outros tantos que estão no ensino apenas porque é seguro trabalhar no estado, ou porque não encontraram vaga nos suas áreas de primeira escolha, ou até porque, por serem engenheiros, vão leccionar matemática (etc.)?
É ou não verdade que, tal como no nosso tempo, continuam a haver licenciados em Direito a leccionar sociologia ou economia, engenheiros a leccionar matemática, e por aí fora...?
Depois, o fandango que é todos os anos a colocação dos professores, e os contratados que nunca sabem se têm ou não emprego...
E a questão pertinente e extremamente necessária da avaliação dos professores, que é feito dela?
E a avaliação dos alunos? E agora a polémica dos "chumbos", afinal alguém sabe do que se trata e em que moldes vai funcionar?
E o problema dos manuais escolares que mudam ao sabor dos interesses das editoras e das conveniências de um punhado de gente sem rosto?
E os programas escolares, será que são os mais indicados às nossas necessidades?
E o facto de a Escola ainda estar, na sua maioria, de costas voltadas para as empesas, ou seja, para o verdadeiro mercado de trabalho?
Afinal, qual é o nosso modelo de ensino?
Ai, caro António Pestana, há ainda tanto para fazer pela educação neste país...
Quando tivermos melhor escola, concertza teremos cidadãos menos egoístas e mais altruístas!
Haja coragem e vontade políticas para mexer nesta questão que é transversal a toda a sociedade portuguesa.
Com amizade,
João Carlos Pereira e Friends
Telmo Tobias a 30 de Agosto de 2010 às 15:32
Caro Senhor, gostaria somente de o informar que, ao contrário do que refere, os manuais escolares não "mudam ao sabor dos interesses das editoras e das conveniências de um punhado de gente sem rosto". Os manuais escolares, sua adopção e demais normativos "mudam"de 6 em 6 anos , "ao sabo"r de uma Lei da Assembleia da República ( n.º47/2006, de 28 de Agosto). Por favor, informe-se antes de escrever asneiras.
Estimado leitor,
Gostaríamos antes de mais de agradecer o seu comentário.
Não podemos, todavia, deixar de referir que é verdade o que afirma.
De facto, com a publicação e entrada em vigor da Lei nº 47/2006, de 28 de Agosto, o período de vigência dos manuais escolares, de acordo com o número 1 do artigo 4º da referida Lei, passou a ser, em regra, de seis anos.
Para além disso, já o Decreto-Lei nº 369/90, de 26 de Novembro, já falava num período de vigência dos manuais escolares de 3 e 4 anos, consoante o grau de ensino.
Ora, como pode constatar o estimado leitor, houve a preocupação, ao longo do tempo, de ir aumentando esse período de vigência, atenta uma justificada equidade social.
Quer isto dizer que o legislador foi sensível ao facto de ser escandaloso que os manuais escolares, durante anos, mudassem ao sabor dos interesses e das conveniências de um punhado de gente sem rosto.
Eu próprio, senti na pele essa injustiça e, embora tendo um irmão mais velho apenas três anos, não pude aproveitar nunca um único manual seu.
Foi ao sacríficio que muitas famílias fizeram durante anos, tendo de comprar novos manuais para os seus filhos mais novos a cada ano que passava, que o legislador foi sensível, e bem.
Como vê, estimado leitor, mesmo assim andou-se muito devagar no que à vigência dos manuais diz respeito.
Foram precisos cerca de 16 anos (1990-2006) para essa vigência passar de 3/4 anos para 6 anos!
Já imaginou quantas famílias foram penalizadas, se endividaram muitas vezes para conseguir adquirir os manuais para os seus filhos?
É neste sentido que surge o nosso comentário com o qual não concordou.
Apesar de tudo, desde 2006 até hoje passaram apenas 4 anos. Ou seja, a Lei nº 47/2006 só pecou por tardia.
Relativamente às "asneiras" de que fala, creia-nos estimado leitor que há por aí quem as cometa todos os dias.
Por nossa parte, não temos a pretensão de querer saber tudo, muito embora procuremos estar informados do que se passa à nossa volta.
Outros, porém, perdem muitas vezes uma boa oportunidade para estar calados... é que nunca se tem uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão.
Atentamente,
João Carlos Pereira e Friends