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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 11.10.10 às 18:16link do post | adicionar aos favoritos

 

O Large Hadron Collider (LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, localizado na Suíça, teve um custo de cerca de 4000 milhões de euros, estende-se por um perímetro de 27 quilómetros e, no seu interior, estão alojados um total de 9300 magnetos supercondutores.

Para além de ser o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC é também um dos maiores sistemas criogénicos, no qual a temperatura dos magnetos supercondutores atinge os 271 graus negativos, para os quais utiliza cerca de 10.080 toneladas de nitrogénio líquido e 60 toneladas de hélio líquido.

O LHC produz igualmente calor, fenómeno que ocorre quando se dá a colisão de dois protões, gerando-se uma quantidade de calor de aproximadamente 100.000 vezes a temperatura do núcleo do sol.

Este acelerador de partículas colossal tem capacidade para detectar e gravar cerca de 600.000.000 de colisões de protões por segundo e medir a deslocação de partículas e o tempo dessa deslocação.

 

A capacidade gigantesca de armazenamento de toda a informação é garantida por um sistema informático de dimensões invulgares, que lhe permite recolher e armazenar toda essa quantidade de informação, gerada por cada uma das experiências efectuadas pelo LHC num espaço de um ano, em cerca de 100.000 DVD’s de dupla camada.

Mas, para que serve o LHC? Entre outras coisas, para tentar explicar a origem da massa das partículas elementares, tarefa que é levada a cabo por cerca de 2.000 físicos de trinta e cinco nacionalidades diferentes, distribuídos por dois laboratórios: o JINR (Joint Institute for Nuclear Research) e o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire).

Este projecto já levou vários cientistas a questionar-se sobre a segurança do mesmo, acreditando que este acelerador de partículas pode originar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro, que levaria à destruição da Terra.

 

Outros ainda, defendem que estas experiências podem conduzir à formação de “strange quarks”, ou seja, podem originar uma reacção em cadeia e a criação de “matéria estranha”, a qual, por sua vez, pode possuir a característica de converter matéria ordinária em matéria estranha, acabando por gerar uma nova reacção em cadeia que transformaria irreversivelmente todo o planeta.    

A despeito destas considerações, os físicos Stephen Hawking e Lisa Randall, de reconhecido mérito internacional, consideram aquelas teorias francamente absurdas já que todas as experiências realizadas no LHC foram cuidadosamente estudadas e revistas, pelo que não acarretam riscos para o planeta.

 

Além disso, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, o seu tamanho seria alguns milhões de vezes menor do que um grão de areia, e não viveria mais do que 1x10^-27 segundos uma vez que, por se tratar de um buraco negro, emitiria radiação e evaporar-se-ia.

Mesmo que o buraco negro se mantivesse estável, ainda assim ele continuava a ser inofensivo, desde logo porque, tendo sido criado à velocidade da luz (ou seja, 300.000 Km por segundo), ele atravessaria as paredes do LHC em menos de um segundo e afastar-se-ia em direcção ao espaço.

O buraco negro só permaneceria na Terra se a sua velocidade fosse reduzida para 15 km por segundo.

Neste caso, ele iria para o centro do planeta devido à sua gravidade, mas também aqui continuava a ser inofensivo.

Os cientistas argumentam ainda que o buraco negro, para representar perigo, seria necessário que adquirisse massa. No entanto, com o tamanho de um protão, o buraco passaria pela Terra sem tocar em nada, podendo encontrar um protão para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Ora, para atingir um miligrama, era necessário mais tempo do que a idade actual do universo.

 

Poderá consultar o site do CERN para obter informações adicionais sobre este projecto científico.


Rui a 11 de Outubro de 2010 às 22:22
Interessante, 271 graus negativos? O zero absoluto é -273. Os maiores cerebros estão lá reunidos. Fica é um pouco a ideia que isto é demasiado complicado mesmo para aqueles cerebros. Penso que as origens do Universo nunca serão descobertas, é complicado explicar o inicio, mas isso não impede de querermos saber mais.

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