1. Os cidadãos do concelho de Ourém têm agora mais uma ferramenta online à disposição, através da qual podem reportar às entidades competentes uma diversidade de ocorrências ao nível do espaço público, como seja o estado da iluminação, dos jardins, a existência de veículos abandonados ou o alerta para a recolha de electrodomésticos ou outros aparelhos usados.
Denominado “A Minha Rua”, os internautas podem aceder ao Portal do Cidadão e utilizar o formulário que aí é disponibilizado para reportarem a sua ocorrência.
Para isso, basta seleccionar o distrito, depois o município e, por fim, a freguesia correspondente.
Os utilizadores têm ainda a possibilidade de visualizar uma selecção das últimas ocorrências reportadas.
Depois, é só esperar que a autarquia lhe dê conhecimento sobre o andamento do processo e eventual resolução do problema.
Trata-se, de facto, de uma boa ferramenta, mas que precisa de uma especial atenção e de uma resposta em tempo útil das entidades competentes para se tornar verdadeiramente eficaz.
Pela nossa parte, podemos comprovar que o feedback é para já muito satisfatório: reportámos uma ocorrência no dia 11-11-2010, e logo no dia seguinte tínhamos dois emails a informar-nos do andamento do processo.
2. Um leitor deste Blog forneceu-nos amavelmente o documento que a foto retrata (Portugal 1895), através do qual ficamos a saber que, pelo último recenseamento, a população de Portugal Continental é de 4.708.478 habitantes (embora o número de habitantes não seja coincidente, estamos em crer que se trata do III Recenseamento Geral da População, de 1890 – reinado de D. Carlos I).
Curiosamente, e numa altura em que a necessidade de consolidar as contas públicas anda ao rubro, podemos observar que os encargos da dívida pública já representavam naquele período 4$785 réis por ano pagos por cada habitante, ou seja, mais do que pagavam os italianos, espanhóis, norte-americanos ou suecos.
O documento acrescenta que tal encargo respeita à espantosa dívida que a monarquia arranjou com as suas dissipações (desperdícios, esbanjamento), ao mesmo tempo que o cidadão da república suíça paga apenas $448 réis por ano para os encargos da dívida pública!
A notícia termina com uma actualizadíssima expressão: “E digam depois que não somos um paiz desgraçado!”.
A triste conclusão a que chegamos é que, ao nível das contas públicas, temos realmente sido sempre uns grandes desgraçados.