Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 14.05.11 às 23:06link do post | adicionar aos favoritos

 

 

A notícia de que ontem, 13 de Maio, teria alegadamente ocorrido um novo milagre em Fátima motivou logo um rosário de júbilo, mas também de crítica.

Enquanto uns logo se apressaram a olhar para o céu e a puxar do telemóvel para avisar os seus entes queridos de que estavam perante uma força divina – qual milagre em tempo de vacas magras –, outros, porém, socorrendo-se da sua sapiência sarcástica avançaram que o fenómeno mais não foi do que a passagem do avião do FMI.

Finalmente, outros ainda, talvez mais avisados, explicaram o sucedido através da descodificação “simples” da ciência.

O que faltava era uma quarta explicação – quiçá o quarto segredo – e essa poderá estar escondida no milagre que a foto documenta.

Caberá, assim, a cada um escolher a solução que melhor se adequa à sua crença, mas uma coisa é para já certa: para que o nosso povo possa assistir a “verdadeiros” milagres, já só lhe resta procurá-los no céu…


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 27.11.10 às 02:06link do post | adicionar aos favoritos

 

O Jornal “O Mirante” deu-nos conta, no passado dia 20 de Novembro, de uma notícia fabulosa: segundo o jornal, a Câmara Municipal de Ourém vai gastar este ano 105.690 euros em animação de Natal.

Ora aí está, tesos que nem um carapau, mas sempre em festa!

A aposta vai para a animação das cidades de Ourém e Fátima, na qual se integra o projecto “Fátima Cidade Natal”, e que visa dinamizar o comércio local.

Desde concertos e teatro, passando por exposições e árvores de Natal gigantes, até às pistas de gelo, vamos ter de tudo um pouco, à grande e à francesa.

Na sede do concelho, os oureenses poderão patinar no gelo e admirar as luzes de Natal, aquelas que no ano passado ficaram na gaveta por estarmos numa conjuntura de crise e com um passivo na edilidade de mais de 50 milhões de euros.

Este ano, como a crise já passou, toca de pôr mãos à obra e dar à população uma mão cheia de alegria e festa.

Quer-nos parecer que, qualquer dia e por este andar, para além do “Paulinho das Feiras”, vamos ter também o “Paulinho das Festas”.

Para uma Câmara com a corda na garganta e endividada até à medula, convenhamos que são festas e folclore a mais.

Ainda nem sabemos quem foram os angélicos patrocinadores misteriosos das festas da cidade (e quanto ao relatório, nem vê-lo), e aqui vai mais uma para a prateleira dos troféus.

O que interessa é manter o povo distraído, dar-lhe música, fogo-de-artifício e comes e bebes. O resto, logo se vê, amanhã é outro dia…

 

Esta aposta forte na animação de Natal é um investimento, afirmou Nazareno do Carmo, o vereador socialista com o pelouro de Fátima. E acrescenta esta ideia peregrina: “Pode não trazer muita gente [a Fátima, segundo depreendemos], mas o que está em causa são os interesses dos comerciantes”.

Ora, claro está, pode não haver clientes, mas os comerciantes também têm o direito de patinar no gelo e deliciar-se com a iluminação de Natal. Mesmo que não vendam nada…

Pela nossa parte, deixamos mais uma sugestão à Câmara de Ourém: já temos saudades daquele sistema sonoro que era colocado nas principais artérias da cidade a passar melodias de Natal. E se a Câmara recuperasse esta aconchegante ideia? Mais ainda: a vereação, dirigentes de empresas municipais, boys e afins podiam gravar uma música para animar os oureenses enquanto estes fazem as suas compras de Natal. A letra podia começar assim: “É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem. É Natal, é Natal, vamos a Ourém, visitar o bom presidente que o povo tem...”.    


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 27.09.10 às 20:03link do post | adicionar aos favoritos

 

Até há bem pouco tempo, quem se dirigisse a Fátima e percorresse as principais artérias da cidade era confrontado com um cenário que tinha tanto de religioso como de carnavalesco.

Referimo-nos às principais ruas comerciais, onde os lojistas prolongavam a venda dos seus produtos nos passeios públicos, tornando a circulação pedonal nessas zonas francamente difícil, para além de constituir um cenário visual que em nada abonava a favor da imagem com que ficavam os visitantes que vinham até Fátima.

O ridículo chegava (e chega, só que agora estão dentro das lojas) ao ponto de se vender de tudo um pouco, desde santos, medalhas e imagens de Nossa Senhora, passando pelas bolas de futebol, cachecóis do Benfica, do Sporting e do Porto, acabando nos baldes, nas pás e nos tractores para as crianças brincarem na praia.

A oferta era variada, mas às vezes muito pouco religiosa. Aliás, a trilogia bem portuguesa do “Fado, Futebol e Fátima”, encontrava aqui o seu expoente máximo, a sua raiz ou o seu embrião. Era perfeitamente normal encontrar num qualquer passeio uma imagem religiosa rodeada por uma bola de futebol e por uma caneca com a cara de um qualquer fadista famoso.

Para pôr fim a este desfile carnavalesco de bugigangas, a Câmara Municipal de Ourém (CMO), e bem, legislou no sentido de obrigar os lojistas a retirarem os seus mostruários dos passeios, desimpedindo-os para os devolver às pessoas.

A medida já deu azo a que, pelo menos, um fiscal da CMO fosse agredido por um lojista, por não concordar com as novas regras que obrigam os comerciantes a expor entre portas todos os seus tarecos e quinquilharias.

Pela nossa parte, para além de concordarmos com a medida, ainda iríamos mais longe: decretávamos a proibição de misturar alhos com bugalhos, sagrado com profano, futebol com religião…

Não se trata de perseguir os lojistas e de coarctar a sua liberdade de venda, trata-se apenas de não conspurcar a imagem que Fátima granjeou desde 1917, poluindo os objectos religiosos que a dignificam e que lhe dão identidade própria, com objectos de uma vida mundana que ficavam bem à venda lá para os lados da feira da ladra.  

Para além disso, as barracas montadas em plenos passeios públicos são uma imagem pouco digna de ser ver, sobretudo para aqueles milhões que visitam Fátima todos os anos e que cá deixam o precioso dinheiro que faz girar a economia da cidade e do concelho.


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