Novo Blog para o Concelho de Ourém. Rumo à Excelência. Na senda da Inovação
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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 05.07.12 às 17:50link do post | adicionar aos favoritos

“O único erro de José Sócrates foi ter integrado no Governo gente que, há anos, considerava sustentável o sistema de pensões que existia.

Só agora e com uma década de atraso, se reparou na sua impossibilidade.

Quem «vê» com dez anos de atraso não pode servir num tempo de mudanças rápidas, como é o nosso.

Não temos margem para andar tão devagar e com vistas tão curtas.

Por várias razões, o Estado social português não poderá manter-se intacto com uma economia que cresce, duradouramente, a uma taxa anual da ordem de 1%, ou até menos; com um desemprego instalado e muito elevado; com uma estrutura etária desequilibrada; com níveis já altíssimos de despesa pública e de carga fiscal; com um universo de «recebedores» do estado que ronda os 6 milhões de pessoas, considerando os funcionários, os pensionistas, os diversos subsidiados e beneficiários.

E assim por diante.

Reformas de preservação do Estado social não são de esquerda nem de direita, são de senso comum, de gente com visão do futuro e sem temor da verdade”.

 

Medina Carreira, Setembro de 2009


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 23.03.11 às 22:17link do post | adicionar aos favoritos

 

Já se esperava que, com o chumbo do PEC 4 no parlamento, o primeiro-ministro José Sócrates apresentasse a sua demissão. Isso mesmo foi referido pelo próprio nas diversas entrevistas e conferências de imprensa que foi dando nos últimos tempos.

Agora, com uma crise política em cima de uma crise económico-financeira, espera-se que todos os partidos com assento parlamentar não fujam com o rabo da seringa e não deixem de assumir as suas responsabilidades.

É que, nesta altura em que a economia do país, das empresas e das famílias se encontra tremendamente esfarrapada, não há coisa pior do que, mais uma vez, assistirmos à culpa morrer solteira.

A verdade, a triste e nua verdade, é que a culpa não é só do PS ou do PSD, ou só dos partidos da Oposição: a culpa é de todos e de cada um deles.

Qualquer que seja o partido que saia vencedor das próximas eleições terá forçosamente que demonstrar e provar aos portugueses que não só mudarão as moscas, como também a porcaria não será a mesma.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 03.11.10 às 23:51link do post | adicionar aos favoritos

 

O Orçamento do Estado para 2011 (OE 2011) lá foi aprovado hoje na generalidade na Assembleia da República (AR), com os votos favoráveis do PS, com a abstenção do PSD e com os votos contra dos restantes partidos.

Nada que nos surpreendesse, tal foi o frenesim deplorável que rodeou as negociações entre os dois partidos do arco do poder para a sua viabilização, e o pré-anúncio firme de chumbo feito pelos demais partidos.

Com foto oficial ou sem ela, a verdade é que a formalização do acordo de viabilização nasceu torto e tarde ou nunca se endireita, como o provou o palavreado inusitado dos deputados que, logo no dia seguinte, trocaram entre si despautérios e frases de escárnio na AR, dando ao país mais um espectáculo deprimente, e passando a habitual imagem de que, para além de meninos mal comportados, os deputados da Nação são impróprios para consumo e não se recomendam a ninguém.

Depois foi a errata contabilisticamente mal explicada dos oitocentos e tal milhões de euros que apareceram não se sabe de onde, uma encruzilhada num orçamento já de si absurdamente brutal para os portugueses e de que não há memória em tempo de democracia.

Sobretudo, quando ainda subsiste a ideia de que estas medidas de austeridade mais não são do que uma aspirina para curar o cancro que corrói o país, uma receita ineficaz que só adia a terapia de choque que todos vêem ser necessária, mas que teima em não ser aplicada.

Uma terapia de choque que passa por empreender seriamente reformas estruturais que levem o Estado a ficar mais magro e a não ter de pedir cada vez mais o pouco dinheiro que resta ao comum dos portugueses, ou a endividar-se, assustadora e perigosamente, para pagar a gordura que estupidamente continua a ostentar.

O Estado não pode continuar a roubar os cidadãos e a servir-se do seu dinheiro para pagar aquilo que gasta a torto e a direito, sem lei nem roque, como se não houvesse amanhã.

O Estado não pode continuar a gastar mais do que aquilo que produz, a viver acima das suas possibilidades e a endividar-se no estrangeiro para pagar salários, pensões e prestações sociais.

Quando nos dizem que não é possível mexer mais na despesa do Estado, que não é possível poupar mais, e que só pela via do aumento dos impostos se consegue equilibrar as contas públicas, isso é uma ofensa à inteligência dos portugueses, são tretas e mentiras escandalosas.

Quem diz que o Estado não consegue poupar mais é criminoso, devia ser preso e responsabilizado exemplarmente pelo mal que está a fazer ao país.

Se querem que as pessoas poupem, então o Estado que comece a dar o exemplo.

 

Entretanto, ponham na porta do país o seguinte letreiro: “Estimados Clientes, pedimos desculpa pelo incómodo. Estamos fechados para Balanço. Seremos breves”.


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publicado por João Carlos Pereira e Friends, em 20.10.10 às 23:01link do post | adicionar aos favoritos

 

O líder do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, tem andado nos últimos dias com os olhos postos no céu e a rezar para que Deus e Todos os Santos o ajudem a descalçar a bota do Orçamento do Estado para 2011 (OE 2011).

Irá o PSD viabilizar ou não o OE 2011 é o tabu do momento, já que o outro tabu, o da recandidatura presidencial de Cavaco Silva, irá ser finalmente desvendado no próximo dia 26 de Outubro, pelas 20h00, no Centro Cultural de Belém.

Por seu lado, esta quarta-feira, Passos Coelho e o PSD deram um passo em frente no afastamento desta neblina que paira sobre a aprovação do Orçamento, o qual irá ser discutido e votado na generalidade nos dias 2 e 3 de Novembro no parlamento.

Falando aos jornalistas, o líder social-democrata afirmou que o PSD encontra-se disponível para despender um derradeiro esforço de concertação para viabilizar o OE 2011, abrindo caminho para uma eventual viabilização, o que não deixa de ir ao encontro das opiniões já formuladas por notáveis do seu partido (desde Marcelo Rebelo de Sousa, passando por Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira e Paulo Rangel, acabando em Durão Barroso – todos defendendo o superior interesse nacional), mas lá foi deixando em cima da mesa um acervo de propostas / condições sem as quais a posição do PSD poderá ser extremada ou radicalizada.

As propostas, já apresentadas na Assembleia da República, reflectem as preocupações do PSD e terão de ser asseguradas pelo governo, sob pena de os deputados laranjas não se absterem e chumbarem o OE 2011.

Os pressupostos são os seguintes:

 

1. O Governo deve assegurar a verdade e a transparência das contas públicas, ao qual se exige que preste efectivamente contas acerca da real situação financeira do país, aumentando as garantias da sua monitorização independente;

 

2. O Governo deve promover uma maior equidade na distribuição dos sacrifícios, cortando mais na despesa do Estado, nomeadamente ao nível dos consumos intermédios e das transferências para o sector empresarial do Estado, de forma a penalizar menos as pessoas;

 

3. O Governo deve canalizar essas poupanças para diminuir o agravamento fiscal, seja ao nível da subida do IVA (deve subir apenas 1% - passar para 22 em vez de 23%; alguns bens de primeira necessidade, como o leite com chocolate, as margarinas, etc. devem continuar a ser taxados a 6%), seja ao nível das despesas sociais das famílias para efeitos de dedução no IRS das despesas de saúde, habitação e educação;

 

4. O Governo deve pôr um travão nas novas obras públicas e parcerias público-privadas, não permitindo adicionais agravamentos dos encargos daí resultantes, no sentido de não onerar ainda mais e por mais tempo as futuras gerações.

 

Resta dizer que o PSD viabilizará o OE 2011, contribuindo com a sua já mais que provável abstenção, se estas medidas forem acolhidas pelo Governo.

Não obstante, a verdade que prevalece no meio desta trapalhada toda é que não só a celeuma criada em torno da aprovação do Orçamento do Estado para 2011 revela a incapacidade e a irresponsabilidade dos decisores políticos, como também as trocas de galhardetes e as mútuas acusações travadas entre PS e PSD, que não nos levam a parte nenhuma nem nos resolvem os problemas, são prejudiciais à democracia e engrossam cada vez mais a desconfiança dos portugueses e o seu afastamento em relação à política. 


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