Um investimento de 100 milhões de euros, totalmente privados, vai permitir colocar Portugal no roteiro da investigação mundial.
Trata-se do novíssimo Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, da autoria do arquitecto Charles Correa, que será amanhã inaugurado em Lisboa, o qual “concretiza o objectivo da Fundação de construir um centro de investigação científica multidisciplinar, translacional e de referência no campo da biomedicina”.
O espaço escolhido para a construção deste Centro, a zona ribeirinha de Pedrouços, mesmo em frente ao Tejo, estabelece uma perfeita relação entre a cidade e o rio.
O complexo agora edificado, composto por dois edifícios principais, amplos jardins (interiores e exteriores), um anfiteatro ao ar livre e zonas pedonais, entre outras infra-estruturas e equipamentos, está apetrechado da mais recente tecnologia de investigação, prevenção, diagnóstico e tratamento nas áreas das neurociências e da oncologia.
Para além disso, quer investigadores, quer académicos, encontrarão neste espaço condições excelentes para desenvolver os seus projectos de investigação biomédica e com aplicação clínica.
Refira-se ainda que o Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud oferece todas as infra-estruturas necessárias para o ensino no campo da biomedicina, dispondo de programas de pós-graduação, mestrados e doutoramentos.
Pela nossa parte, não podemos deixar de nos regozijar com este projecto, esperando que Portugal possa inverter a tendência dos últimos anos, evitando a saída de muitos talentos para o estrangeiro por não encontrarem no seu país as condições para a prática da investigação.
Quer sejam portugueses ou estrangeiros, o facto é que este novo Centro será certamente um ponto de encontro e um pólo de atracção de talentos, de diferentes culturas e, sobretudo, uma fonte inesgotável de saber e investigação de nível mundial.
Como se vê, também existem bons exemplos em Portugal de dinamismo económico, cultural ou científico. Normalmente, temos a tendência, nós todos, de valorizar apenas o que vem do estrangeiro ou então fazer referência àquilo que é mais negativo, esquecendo, propositadamente ou não, as coisas boas que ainda se vão fazendo no nosso país.
Ora aqui está uma daquelas que é “Made in Portugal”, que tem de ser valorizada e divulgada, e da qual todos temos de nos orgulhar.